Economia

Nova rodada do Auxílio Emergencial deve injetar R$ 718,2 milhões em Alagoas

Na comparação com a rodada paga no ano passado, 513.713 devem ser cortados da folha de pagamento do programa

Por Clariza Santos com Gazeta de Alagoas 04/04/2021 16h04
Nova rodada do Auxílio Emergencial deve injetar R$ 718,2 milhões em Alagoas
Reprodução

A nova rodada de pagamentos do Auxílio Emergencial deve injetar R$ 718,2 milhões na economia de Alagoas. O cálculo leva em conta que 718.201 alagoanos devem ser beneficiados com os recursos. Os pagamentos variam entre R$ 150 para pessoas que moram sozinha e R$ 375 para mulheres chefes de família.

Por mês, serão cerca de R$ 179,5 milhões circulando na economia do Estado. O cálculo do número de beneficiários foi feito pelo Movimento Rede Renda Básica Que Queremos, que é uma organização que reúne entidades, como sindicatos e ONGs. Para chegar a estes números, eles analisaram os dados do Governo Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A nova rodada do programa equivale a 21,4% da população do Estado. Ou seja, a cada cinco alagoanos, um deve receber, novamente, o Auxílio Emergencial. Na comparação com a rodada paga no ano passado, 513.713 alagoanos devem ser cortados da folha de pagamento do programa. O governo federal anunciou na quinta-feira (1) que os beneficiários do Auxílio Emergencial começam a receber na próxima terça-feira (6) a primeira das quatro parcelas do novo auxílio emergencial.

O governo federal prevê conceder o benefício a cerca de 45,6 milhões de pessoas, este ano. Os recursos serão depositados nas contas digitais abertas pela Caixa para os beneficiários no ano passado. Na terça-feira, começam a receber os trabalhadores informais, microempreendedores individuais, desempregados e outras pessoas afetadas pela pandemia da covid-19 nascidas no mês de janeiro, além de integrantes do Cadastro Único do governo federal. Beneficiários do Bolsa Família receberão de acordo com o calendário habitual do programa, que, em abril, começa a ser pago no dia 16. As pessoas não terão direito a sacar os recursos no mesmo dia em que receberem, conforme explicou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante anúncio feito no Palácio do Planalto.

O objetivo do escalonamento é motivar as pessoas a usarem os dispositivos digitais e, assim, evitar a ida a bancos e agências lotéricas. “Nossa expectativa é que mais da metade das pessoas realize o pagamento de contas digitalmente”, disse Guimarães.

“Já temos tudo muito bem organizado. Vamos minimizar as filas, pagando o mais rápido possível, com o mínimo de aglomeração possível”, acrescentou.

Cerca de R$ 44 bilhões foram destinados ao auxílio emergencial por meio da promulgação da Emenda Constitucional 109/2021, a chamada PEC Emergencial. A emenda constitucional abriu caminho para que o governo federal ultrapasse o limite do teto de gastos, sem comprometer a meta de resultado fiscal primário e sem afetar a chamada regra de ouro (espécie de teto de endividamento público para financiar gastos correntes).

Do valor total estabelecido pelo Congresso Nacional, R$ 23,4 bilhões serão destinados ao público já inscrito em plataformas digitais da Caixa, R$ 6,5 bilhões para integrantes do Cadastro Único do Governo Federal e R$ 12,7 bilhões para os atendidos pelo Bolsa Família. Durante o anúncio do retorno do programa, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a necessidade de retomada de atividades comerciais. “Tínhamos e temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. E não é ficando em casa que vamos solucionar este problema”, declarou o presidente, criticando as medidas que restringem o funcionamento de atividades consideradas não essenciais.