Polícia
Acusado de estuprar e matar enteada em Passo de Camaragibe vai a júri popular
O homem suspeito de estuprar, matar e ocultar o cadáver da enteada em Passo de Camaragibe em agosto de 2016 vai a júri popular. A decisão é do juiz José Eduardo Nobre, da Comarca do município onde aconteceu o crime, e foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) nesta quinta-feira (18).
O crime ocorreu na zona Rural da cidade. Segundo testemunhas, o réu, José Augusto Santos da Silva, foi visto no dia seguinte ao da morte da menina, Geisiely Mariano da Silva, molhado, sujo de sangue e segurando um facão também com manchas de sangue.
Trabalhadores rurais alegam também terem visto Silva ao carregar a menina em uma bicicleta, próximo do local onde o corpo dela foi encontrado, que é uma região de mata fechada.
À Justiça, José Augusto confessou que matou e ocultou o corpo da enteada, mas nega que a tenha estuprado. Ele disse que a menina tinha ódio dele, e que o mataria algum dia. A defesa dele alega que o crime não teve motivo torpe.
“Quanto à possível incidência da qualificadora da torpeza, entendo cabível no presente caso, tendo em vista que há indícios de que o padrasto assassinou por ter raiva da indefesa criança, na crença de que ela poderia lhe fazer mal futuro e totalmente irrazoável, conforme depoimento do réu. Entendo que compete ao conselho de sentença decidir se esta foi a motivação do delito e se pode ser caracterizada como torpe”, afirma o juiz na decisão.
Há outras qualificadoras incluídas no processo, por conta de o assassinato ter como objetivo ocultar outro crime, o de estupro, e a utilização de meios que dificultassem a defesa da vítima.
“A vítima tinha 10 anos de idade, e teria sido supostamente levada para lugar ermo, uma mata, amarrada e golpeada pelas costas”, conclui o magistrado.
Ainda não há data nem local previstos para a realização do julgamento.