Polícia
TJ recebe denúncia e aplica medidas cautelares em desfavor do prefeito de Maribondo
Pleno do TJ revogou a prisão de Leopoldo Pedrosa e decidiu aplicar medidas alternativas, entre elas a implantação de tornozeleira eletrônica no réu
Por maioria de votos, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu revogar a prisão preventiva do prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa, e aplicar medidas alternativas, entre elas a implantação de tornozeleira eletrônica no acusado, a disponibilização de um botão do pânico para as vítimas e a proibição de o prefeito se aproximar delas e de portar armas.
O Pleno também decidiu receber a denúncia do Ministério Público. O prefeito seguirá respondendo ao processo pelos crimes de lesão corporal contra sua esposa, Meiry Emanuella Oliveira Vasconcelos, por duas vezes, além de lesão corporal e ameaça contra a sogra, Rosineide de Oliveira Vasconcelos. Elas afirmam terem sido agredidas física e psicologicamente pelo acusado, em 21 de junho deste ano.
O desembargador João Luiz Azevedo Lessa, relator, foi voto vencido no que se refere à manutenção da prisão, mas foi acompanhado por unanimidade quanto ao recebimento da denúncia.
O relator ressaltou que neste momento processual não cabe ao Tribunal se aprofundar no mérito da acusação, mas apenas “apreciar se está presente a justa causa, consistente em suporte probatório mínimo, a indicar a ocorrência de crime em tese, isto é, a prova da materialidade e indícios de quem seja o autor”, afirmou João Luiz Lessa, na sessão inicial do julgamento.
O juiz convocado Maurílio Ferraz abriu a divergência quanto à manutenção da custódia preventiva. O magistrado frisou que o prefeito não descumpriu as medidas protetivas estabelecidas anteriormente para mantê-lo afastado das vítimas, tendo as agressões em questão ocorrido quando elas se dirigiram até a residência do prefeito.
“Ciente de que não houve qualquer descumprimento, entendo como eficaz, neste momento, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, devendo serem utilizadas como parâmetro as fixadas pelo juízo originário, com pequenas adequações”, diz o voto do juiz.
Além de Maurílio Ferraz, votaram para revogar a prisão os desembargadores Tutmés Airan, José Carlos Malta, Fernando Tourinho, Sebastião Costa e Pedro Augusto Mendonça. Acompanharam o relator, votando para manter a custódia, os desembargadores Paulo Lima, Elisabeth Carvalho Fábio Bittencourt e Domingos Neto.