Polícia
Alagoas vai à Justiça contra “calote” da União
Ainda assim, o governo do estado e federal não chegaram a um acordo para o pagamento da dívida.
É simples assim. A União privatizou a Ceal, hoje Eletrobras, e pagou só metade do valor da empresa.
O “calote” foi comprovado por diferentes documentos, estudos e pareceres. Sem outra opção, Renan Filho decidiu desistiu de tentar cobrar a União pela via administrativa.
O secretário da Fazenda revela foram tentados todos os caminhos em Brasília: “passamos por diversos órgãos e, embora a União reconheça a dívida, não apontou um caminho para sua quitação”, aponta. Sem alternativa, adianta George Santoro, o estado vai entrar com a cobrança judicial: “já estamos reunindo toda a documentação necessária – ‘e é muita coisa’ – e em breve o Estado dará entrada no processo”, aponta.
Por uma questão de estratégia judicial, Santoro não revela o valor que será cobrado à União, nem se o Estado aceitará alguma “compensação”. Ele assegura, no entanto que todo o processo será muito bem fundamentado.
Quanto ao valor, anote, dependendo da fórmula de cálculo, poderá chegar a R$ 2 bilhões. É esse dinheiro que o Estado vai cobrar da União na Justiça. Lembrando que cobrar é uma coisa, receber é outra.
Alguém entende?
George Santoro relata que descobrir a dívida não foi fácil. Apesar do valor, “era algo esquecido”, resume o secretário da Fazenda. “Conseguimos fazer o levantamento de todas as informações, recuperando dados que estavam esquecidos em algumas gavetas. O que não entendemos é porque no passado os outros governos nunca cobraram essa dívida”, enfatiza.