Polícia
Debate: Promotor afirma que Vanessa Ingrid era ciumenta e rancorosa
Sobre o caso Franciellen Foram ouvidas todos os depoimentos nesta quarta-feira (23)
O julgamento dos acusados de torturar e assassinar Franciellen Araújo, em fevereiro de 2013, foi retomado nesta quinta-feira (24), no salão da 9ª Vara Criminal da Capital, situada no Fórum do Barro Duro, na capital alagoana. A acusação começou argumentando que o crime foi passional, já que "Vanessa era dona de seu
companheiro e mais nenhuma mulher poderia tê-lo".
Foram ouvidas todos os depoimentos nesta quarta-feira (23), assim como os réus. Hoje ocorrerá a fase de debates orais entre a defesa e a acusação. Os debates acontecem entre a promotoria, por José Antônio Malta, e a defesa dos réus, representada pelo advogado Leonardo Gamito (defesa de Vanessa Ingrid), (defesa de Thiago Handerson), defensor público Ryldson Martins, defensor público Arthur Loureiro (defesa de Victor Uchôa), e os advogados Leonardo Morais e Ítalo Normande (defesa de Saulo) e defensor público Marcelo Arantes (Nayara da Silva).
Para José Antônio Malta Marques o crime foi cometido por vingança. “Ela se sentia dona do ex e nenhuma outra mulher podia tê-lo. Ela ainda está pagando pelo crime da Amanda”,salientou.
José Antônio Malta Marques, promotor de Justiça, informou que vai sustentar a mesma tese da acusação, pedindo a pena máxima para os réus.
ACUSAÇÃO
Durante a sustentação oral, o representante do Ministério Público, o promotor de Justiça, mostrou as fotos do local e de como o corpo da vítima foi encontrado, com mais de 90% do corpo queimado. Ele destacou ainda as contradições nos depoimentos dos réus e a participação que cada um teve no crime.
"Vanessa tinha o propósito de vingança e fazia isso tudo. Alugou um apartamento em um prédio de luxo em Cruz das Almas e pagava R$ 800 em um quarto e sala. Não tinha emprego e vivia de programas, fazendo, inclusive, parte de um site de garotas de programa de Maceió", frisou o promotor, acrescentando que Vanessa foi a mandante do crime.
Ainda de acordo o promotor, 10 pessoas estava no carro que levou Franciellen para o lugar da execução. "Diante disso tudo, só temos a dizer que essas mulheres que participaram dessa tragédia não podem ser consideradas mulheres. É que os homens que participaram desse terror não sabem o mínimo do sentimento da mulher".
DEFESA
As sustentações orais da defesa iniciaram com o advogado de Vanessa Ingrid, Leonardo Gamito Ribeiro. Em seguida, debaterá o defensor público Ryldson Martins, representando Thiago Oliveira; o defensor público Arthur Loureiro, Victor Uchôa; o defensor público Marcelo Arantes, Nayara da Silva e os advogados de Saulo Pacheco, Leonardo de Morais e ítalo Normande.
"Os réus quiseram colocar a culpa exclusivamente na Vanessa e isso não procede. Cada um teve sua participação no crime", alegou Leornado.
O advogado afirma que Vanessa atraiu a vítima ao seu apartamento somente para praticar a agressão, mas que as coisas teriam saído do controle, o que teria cuminado na morte de Franciellen Araújo. A defesa nega, inclusive, que a ré tenha sido a autora material e intelectual do crime.