Polícia
Operação prende ao menos 4 pessoas acusadas de desviar dinheiro
Organização criminosa era integrada por empresários, contadores e auditores-fiscais
Ao menos 4 pessoas foram presas em uma operação do Ministério Público do Estado (MP-AL) em Alagoas e Pernambuco na manhã desta quarta-feira (2) contra acusados de desviar mais de R$30 milhões dos cofres públicos. Foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital 3 mandados de prisão preventiva, 5 de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão.
Apenas um mandado de prisão é cumprido em Pernambuco porque um dos alvos viajou para o estado vizinho.
Os alvos da operação, denominada Gambito da Rainha, são pessoas físicas e jurídicas ligadas à empresa "Eliane do Globo", em União dos Palmares. A reportagem do G1 tentou contato com a empresa no início da manhã, mas não conseguiu.
Entre os presos estão empresários e contadores, todos acusados de falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos.
Dois auditores-fiscais estão envolvidos na organização criminosa e já foram afastados do cargo.
A operação é comandada pelos promotores de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida e por integrantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas.
Segundo o MP, foi decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, "testas-de-ferro", "laranjas", contadores e auditores-fiscais.
O nome da operação é uma alusão à abertura que o enxadrista faz com o propósito de sacrificar o peão da rainha para obter vantagem e ganhar o jogo.
Participam da operação a Polícia Militar, Radiopatrulha, Batalhão de Operações especiais (Bope), Batalhão de Polícia e Trânsito (BPTran) e Batalhão de Polícia Escolar. Já pela Polícia Civil, a Asfixia, Operação Litorânea (Oplit), Tigre, além de membros da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e da Delegacia-Geral.