Polícia
Indiciado por homicídio, Paulo Cerqueira assume nova delegacia em Alagoas
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) Paulo Cerqueira, que entregou o cargo após o indiciamento da Polícia Federal pela participação em um homicídio, foi lotado, nessa terça-feira, 12, para atuar na Central de Inquéritos Policiais Pendentes da instituição.
Paulo Cerqueira assume a nova função após um mês de férias concedidas por ele mesmo e após o pedido exoneração do cargo após ser divulgada a informação do indiciamento dele.
Cerqueira chefiou a PC-AL entre 26/08/2012 e 17/01/2014 e depois retornou ao cargo em 01/01/2015, onde ficou até a última sexta-feira (9). A Portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
O caso
Paulo Cerqueira é acusado pelo juiz Marcelo Tadeu e indiciado pela Polícia Federal como possível autor intelectual da morte do advogado Nudson Harley. Informações divulgadas pela imprensa alagoana revelam que Antônio Wendel Guarnieri, um dos autores materiais do crime confirmou que o delegado o contratou para executar o juiz, que acabou escapando ileso do plano do delegado.
A decisão de levar Antônio Wendel Guarnieri, inclusive, cita um erro sobre a pessoa que foi morta. "PRONUNCIO O ACUSADO ANTÔNIO WENDELL DE MELO GUARNIERE, dando-o como incurso nas sanções dos artigos 121, § 2º, incisos I (mediante paga ou promessa de recompensa), III (perigo comum) e IV (surpresa), c/c os arts. 20, § 3º (erro sobre a pessoa), e 29, caput, todos do Código Penal Brasileiro, submetendo-o a julgamento perante o Tribunal do Júri desta Comarca", diz o documento.
O crime aconteceu no dia 3 de julho de 2009, no bairro Mangabeiras, na capital alagoana. Mas quem queria ver Marcelo Tadeu morto? De acordo com o magistrado aposentado, ele sempre esteve envolvido em decisões e processos que continham nomes influentes em Alagoas, como usineiros, magistrados e prefeitos, sem contar seu trabalho para combater a gangue fardada, grupo criminoso formado por policiais.