Polícia
Justiça de AL nega pedido de liberdade a casal preso por suspeita de sonegar R$ 1 bilhão
Prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 4 bilhões, números que seguem em apuração na Sefaz
A Justiça de Alagoas negou na segunda-feira (17), o pedido de liberdade feito pelo casal preso em Sorocaba (SP), durante a Operação Noteiras, por suspeita de sonegar R$ 1 bilhão do Fisco paulista. A decisão foi tomada pelo desembargador José Carlos Malta Marques, presidente da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas.
A Operação Noteiras foi deflagrada na quarta-feira (12), pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) e teve como objetivo desarticular uma organização criminosa (Orcrim) especializada no cometimento de fraudes fiscais.
Segundo o Poder Judiciário, os suspeitos teriam praticado o crime de falsidade ideológica mais de 20 mil vezes. Eles também respondem por suposta prática de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 4 bilhões, números que seguem em apuração na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). A ação ocorre simultaneamente em Alagoas e em São Paulo.
Ao todo, foram expedidos 77 mandados judiciais, todos da 17ª Vara Criminal da Capital. Para Alagoas, foram 10 de prisão e, para São Paulo, outros 14. Já de busca e apreensão são 37 no estado paulista e mais 16 em municípios alagoanos.
Além disso, a pedido do Gaesf, o Judiciário também determinou o bloqueio de 265 contas-correntes de pessoas físicas e jurídicas, no valor total de R$ 435.132.254,09. Segundo os investigadores, esse é o valor estimado do prejuízo ao tesouro estadual de Alagoas e outros estados.