Polícia

OAB investiga denúncias de agressões e morte de reeducando no Sistema Prisional

Por Redação com Com Ascom OAB 19/05/2021 18h06
OAB investiga denúncias de agressões e morte de reeducando no Sistema Prisional
Presídio Baldomero Cavalcanti

Após receber denúncias supostas de agressões feitas por policiais penais a reeducandos e de uma possível morte dentro do Sistema Prisional alagoano, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB) encaminhou novos ofícios, nesta quarta-feira (19), à Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), solicitando informações sobre as acusações.

De acordo com o presidente da OAB, Nivaldo Barbosa Jr., após as denúncias terem sido divulgadas pela Ordem, mais advogados e advogadas procuraram a comissão para relatar novos casos de agressões dentro do sistema penitenciário para serem apurados.

Segundo a presidente da Comissão de Direitos Humanos, Anne Caroline Fidelis, um dos casos recebidos pela comissão ocorreu dentro do Núcleo Ressocializador e o reeducando possui marcas de agressão nos olhos, nos braços e nas costas. O outro caso, de um idoso de 69 anos, o reeducando, também com marcas de agressão, teria falecido dentro do Sistema Prisional em decorrência dos ferimentos supostamente provocados pelas agressões sofridas.

“Quando divulgamos a denúncia na última sexta-feira (14), muitos colegas nos procuraram para relatar novos casos que, supostamente, teriam sido praticados por agentes penitenciários. Inclusive, um deles resultou em óbito. Todos os relatos que chegam a OAB serão checados e os devidos encaminhamentos serão dados para que as providências sejam tomadas e os responsáveis sejam identificados, resguardando sempre o direito de defesa”, explicou.

“Acreditamos que a advocacia perdeu o receio de denunciar por medo de represálias e novas denúncias devem surgir. Esses três casos estão sendo acompanhados de perto por mim e pelos demais membros. O Roberto Moura, membro da comissão, tem atuado para que as providências sejam tomadas o mais rápido possível”, concluiu.

Em nota, a Seris afirmou que não coaduna com esse tipo de conduta e que vai apurar as denúncias feitas pela OAB.

A redação também entrou em contato com o  Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasppen) e aguarda posicionamento.