Polícia
Caso Rubens: imagens do local do acidente vão ajudar a observar velocidade do veículo
Jovem, de 20 anos, foi atropelado quando estava em uma bicicleta e morreu no Benedito Bentes; suspeito se apresentou à polícia
Na manhã desta sexta-feira (4), familiares e amigos do jovem Rubens Santos da Silva, de 20 anos, que morreu após ser atropelado no Benedito Bentes, estiveram na Delegacia de Acidentes da Capital. No local, eles conversaram com a delegada Sheila Carvalho, que investiga o acidente. Segundo ela, imagens do local do atropelamento serão analisadas e, a partir disso, será observada a velocidade que o veículo transitava no momento do atropelamento.
Conforme a delegada, o suspeito Arthur Gabriel Pereira, de 20 anos, se apresentou, tem habilitação e não há comprovação de que ele dirigia sob efeito de álcool.
"O jovem afirmou que, com uma forte chuva, e por estar sem sinalização adequada e no meio pista, ele não pode visualizar o ciclista. O que estamos fazendo é apurar os matérias para que se verifique essa alegação. Também não há nada de oficial que comprove que o jovem que dirigia o carro estava bêbado. Ele se apresentou espontaneamente na manhã de terça-feira e cooperou com as investigações", disse.
Sobre o fato de o jovem ter se evadido do local, a delegada confirmou que, pelo estado emocional do rapaz, o pai do jovem assinou a condição da situação. Ela afirma também que havia mais pessoas no carro. O jovem alega que estaria dando carona para elas, que se retiraram do local logo após o acidente.
"Também estamos buscamos identificar esses indivíduos para que possam ser ouvidos".
Rodrigo Araújo, primo do jovem falecido, disse que, até o momento, não foram passados os detalhes das informações colhidas para a família. "Nós estamos desacreditados", afirma.
Para eles, haveriam interferências de gente influente para livrar o suspeito.
O advogado do suspeito, Marinésio Luz, disse que o jovem não faz uso de drogas ou álcool e não houve nenhuma imperícia por parte dele.
"O rapaz ficou no local, não se evadiu, prestou o socorro necessário, ligou várias vezes pra Samu e chamou o pai, que, vendo como o filho estava abalado, pediu que fosse pra casa e ficou no local para as providências necessárias".
Sobre as acusações de ter movido o veículo, o advogado disse que o pai retirou o carro da pista, levando para uma garagem próxima, na casa de um amigo, assim como quis guardar a bicicleta de Rubens para devolver à família. Disse, ainda, que todos os procedimentos da perícia aconteceram antes disso.