Polícia
Advogada pede ajuda às autoridades após PF suspeito de agredir mulher ser liberado
De acordo com advogada e outras testemunhas, agressor estava armado
A advogada e presidente da Associação Para Mulheres (AME), Júlia Nunes acionou a Polícia Militar após ter ter recebido a denúncia de que um policial federal aposentado teria agredido a esposa em uma padaria no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Nas redes sociais, a advogada pede ajuda para que as autoridades alagoanas tomem as medidas cabíveis.
Júlia contou que chegou ao local nessa terça-feira (13) e foi informada por testemunhas da padaria que um homem havia agredido a esposa.
De acordo com relatos de testemunhas, um homem visivelmente embriagado teria agredido a companheira, proferindo xingamentos, feito ameaças e inclusive teria dado um beliscão na vítima, que aparentava estar constrangida.
“O homem estava visivelmente embriagado e armado. Quando ele foi ao banheiro, eu entreguei o meu contato como integrante da AME e advogada para que a mulher pudesse ter um auxílio se desejasse. Só que não sei se ele viu eu entregando o guardanapo ou ela contou, mas ele começou a ficar mais alterado”, disse.
A advogada contou que o homem começou a falar mais alto e constrangendo ela e a vítima. Foi aí que Julia acionou a Polícia Militar que enviou equipes para o estabelecimento.
Júlia relata que as pessoas presentes ficaram assustadas com a atitude e reação do homem e a polícia foi acionada.
Ainda segundo a presidente da AME/AL, o homem teria se alterado também com os policiais, que constataram que ele realmente estava armado e confirmaram a agressão com testemunhas presentes no local. O homem é um escrivão da Polícia Federal aposentado.
“Quando ele foi abordado pela polícia, entrou e começou a constranger as pessoas perguntando quem fez a queixa”, disse.
A mulher foi questionada pelos militares, mas negou a agressão. Apesar de não prestar queixa, o policial aposentado foi levado para a Central de Flagrantes, em Maceió.
"Quando a polícia chegou que fez a abordagem, a vítima afirmou que não foi vítima de coisa nenhuma. Mas se houver imagem que comprove a agressão, ele será preso em flagrante, independente da palavra dela", disse a advogada
“As imagens das câmeras do estabelecimento foram solicitadas e, se for comprovada a agressão ou a violência verbal contra alguma mulher, ele ficará preso”, falou Júlia.
Na Central de Flagrantes, Júlia Nunes fez um boletim de ocorrência, mas o suspeito negou a fazer o bafômetro e, segundo Julia, ele deixou a Central de Flagrantes armado. Nas redes sociais, a advogada fez um apelo para que as autoridades alagoanas façam algo por esse caso.
“O meu grito de socorro não está sendo ouvido. Até o momento, apenas a OAB entrou em contato comigo”, concluiu Júlia.