Polícia

Cinco reeducandos sem tornezeleira não foram mais localizados pela Seris

Problema ocorreu porque houve atraso na entrega de carregadores pelo fornecedor responsável

Por Redação com Gazeta Web 27/07/2021 17h05
Cinco reeducandos sem tornezeleira não foram mais localizados pela Seris
Ao menos 14 reeducandos do sistema prisional de Alagoas ganharam as ruas este ano sem que fossem monitorados por tornozeleira eletrônica porque o equipamento estava em falta. - Foto: Divulgação

Cinco reeducandos que foram soltos do sistema prisional de Alagoas sem tornozeleira eletrônica não foram localizados pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) para instalação do equipamento. Eles fazem parte de um grupo de 14 reeducandos que ganharam as ruas sem monitoramento devido a falta do equipamento este ano.

Na semana passada, o Poder Judiciário pediu informações sobre a situação. Após o pedido, nove reeducandos foram convocados para a instalação das tornozeleiras eletrônicas. Segundo a própria secretaria, o órgão dispõe de 1.425 vagas para o monitoramento eletrônico de reeducandos. No entanto, o número de reeducandos no regime semiaberto é de 3,9 mil.

Segundo a Seris, há um processo licitatório em curso que prevê a aquisição de quatro mil dispositivos. Além disso, a empresa responsável por fornecer os equipamentos comprometeu-se a encaminhar, nas próximas duas semanas, 600 novas tornozeleiras já contratadas.

O CASO

Ao menos 14 reeducandos do sistema prisional de Alagoas ganharam as ruas este ano sem que fossem monitorados por tornozeleira eletrônica porque o equipamento estava em falta. Um documento da Secretaria de Estado e Ressocialização Social (Seris) mostra um servidor respondendo aos juízes da Vara de Execuções Penais que “o número de tornozeleiras alcançou a capacidade máxima em instalações".

Na última quarta-feira (14), o desembargador Celyrio Adamastor, que coordena o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), determinou que a Seris deve tomar as providências cabíveis no sentido de viabilizar as tornozeleiras eletrônicas para os 14 réus indicados em um documento que ele enviou.

No documento, o desembargador dá um prazo máximo de cinco dias para que a secretaria resolva o problema. Adamastor ressaltou que os reeducandos estão sem tornozeleira implantada, apesar de haver determinação judicial para tanto.

Segundo o desembargador, o grupo de monitoramento foi acionado pelos juízes da 16ª Vara Criminal da Capital- Execuções Penais, que pediram a intervenção do grupo para tentar viabilizar a implantação das tornozeleiras.

O OUTRO LADO

Por meio de nota, a Seris informou que o problema ocorreu porque houve atraso na entrega de carregadores pelo fornecedor responsável e, por isso, a utilização de parte dos dispositivos foi prejudicada. No entanto, a secretaria disse que o problema foi normalizado na quinta-feira (22).