Polícia

PMs executam foragido da Justiça que não apresentou resistência na abordagem

Delegado pediu prisão temporária dos dois policiais envolvidos no caso

Por Redação com Spagora 25/09/2021 10h10 - Atualizado em 25/09/2021 11h11
PMs executam foragido da Justiça que não apresentou resistência na abordagem
Divulgação - Foto: Reprodução

Em imagens gravadas pela câmera de monitoramento de uma casa mostram o momento em que dois policiais militares de Ourinhos (SP) executaram um foragido da Justiça por tentativa de homicídio, mesmo após ele colocar as mãos na cabeça e não apresentar resistência. O subtenente Alexandre David Zanete, 49 anos, e o cabo João Paula Herrera de Campos, 37 anos, foram presos depois que a Polícia Civil analisou o vídeo feito pela câmera de segurança.

No vídeo, é possível ver o momento em que Murilo Henrique Junqueira, de 26 anos, está próximo de uma casa com as mãos na cabeça. Ele anda um pouco, quando é baleado com o primeiro tiro efetuado por um dos policiais e cai no chão. Na sequência, o PM efetua o segundo disparo. Ainda na imagem é possível ver quando o policial se aproxima do homem, abaixa e efetua o terceiro disparo. O jovem fica agonizando no chão enquanto o outro policial dá um tiro para o alto.

Confira o vídeo:

Uma arma foi apresentada na ocorrência pelos policiais, que teria sido usada pelo foragido antes das cenas gravadas pela câmera. No plantão, os PMs disseram que agiram em legítima defesa, reagindo a uma ação do criminoso. Contudo, depois de analisar as imagens, o delegado da DIG de Ourinhos pediu a prisão temporária dos dois PMs envolvidos no caso.

"Ocorre que, com a obtenção das imagens, percebemos que a versão apresentada pelos policiais no plantão, que teria ocorrido legítima defesa, não se sustentava", diz o delegado Antônio José Fernandes Vieira.

A Justiça acatou o pedido e o Comando da Polícia Militar da cidade foi avisado sobre o fato. Foi a própria Polícia Militar que cumpriu os mandados. Eles foram presos e levados ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital, na última terça-feira (21). A Polícia Civil busca por testemunhas, vizinhos da vítima, na Vila Operária, para conseguir mais detalhes de como tudo aconteceu. De acordo com o delegado, a prisão temporária dos policiais pode ser convertida em prisão preventiva, sem um prazo, na conclusão do inquérito.