Polícia

Preso jovem acusado de torturar, matar e queimar corpo de adolescente

Acusado era procurado há mais de um ano e foi indiciado por homicídio triplamente qualificado

Por PC/AL 14/12/2021 13h01 - Atualizado em 14/12/2021 13h01
Preso jovem acusado de torturar, matar e queimar corpo de adolescente
Polícia Civil de Alagoas - Foto: Reprodução

Agentes da Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA), comandados pelo delegado Filipe Caldas, prenderam no final da tarde dessa segunda-feira (13) um jovem, de 20 anos, acusado de torturar, matar e queimar o corpo do adolescente Mateus Lima Lisboa de Oliveira, de 16 anos, no dia 5 de outubro de 2020, num local ermo próximo ao Residencial Vale do Perucaba, em Arapiraca.

Procurado há mais de 1 ano, ele teve a prisão preventiva decretada, após representação feita pelo delegado.

A execução, praticada a sangue frio e com requintes de crueldade, foi filmada e um chip com as imagens foi anexado ao inquérito policial, já enviado à Justiça.

A filmagem mostra que, após amarrar e imobilizar o adolescente, o acusado tapou a boca e iniciou uma sessão de tortura, deslizando uma faca no pescoço da vítima. Em seguida, ele aplica inúmeras facadas no pescoço e na cabeça do adolescente, e, depois, ateia fogo no corpo, encontrado no dia seguinte.

“Nem mesmo nas filmagens de grupos terroristas islâmicos é comum tamanha barbárie”, diz o delegado em seu relatório.

Segundo as investigações, o crime estaria relacionado ao tráfico. A vítima estaria usando drogas e andando com pessoas ligadas ao comércio ilegal. No dia 5 de outubro de 2020, a vítima estava na porta de casa por volta das 13h e meia hora depois sumiu e seu corpo foi encontrado no dia seguinte carbonizado.

O acusado foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem oferecer chance de defesa da vítima e uso de meio insidioso - asfixia, crueldade e fogo).

De acordo com o delegado, o motivo do crime seria o fato de que o adolescente estaria divulgando em redes sociais, entre amigos, símbolos de facção criminosa, tendo sido sequestrado por integrantes de uma facção rival, que ordenou, por meio do chamado "tribunal do crime", a execução filmada da vítima.

O acusado confirma a filmagem, mas não revelou o nome da pessoa que filmou.