Polícia
Acusado da "Chacina de Guaxuma" é inocentado e ganha liberdade
Daniel Galdino Dias era apontado como o autor da morte de dois adultos e duas crianças da mesma família
O acusado na "Chacina de Guaxuma" foi inocentado pelo Conselho de Sentença e teve a liberdade concedida no início da madrugada desta sexta-feira (25). Daniel Galdino Dias era apontado como o autor da morte de dois adultos e duas crianças da mesma família, crime que aconteceu em 2015.
Após o encerramento da audiência, ele já deixou o Fórum em liberdade.
Daniel Galdino negou, durante o depoimento, sua participação nas mortes e apontou como responsável um homem identificado como Charles.
O Ministério Público afirmou que irá recorrer da decisão, em razão da prova ser manifestamente contrária aos autos. Ainda conforme o MP, as testemunhas de defesa ouvidas antes do acusado entraram em contradição durante seus depoimentos.
Na parte da manhã, a psicóloga Aline Damasceno em depoimento, afirmou que a criança, à época, repetiu a mesma história mais de seis vezes, sem entrar em contradição.
“Ele repetia: Ele matou a minha irmã, o Gui e eu”, disse a psicóloga. Na época, o menino tinha cinco anos. “E eu perguntei a ele: matou com o quê? Aí ele: de foice”, completou a profissional.
O Ministério Público vai sustentar a tese de homicídio triplamente qualificado (artigo 121 da Lei nº 2.848/40): crime praticado com emprego de meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade do crime.
O caso
O crime ocorreu na madrugada do dia 8 de novembro em um sítio no bairro de Guaxuma, ficando conhecido como "Chacina de Guaxuma".
As vítimas foram dois adultos, Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira Paz, e duas crianças, Estérfany Eduarda de Oliveira Santos, de nove anos, e Adrian Guilherme de Oliveira Santos, de dois anos. Todos foram assassinados com golpes de facão.
O outro filho do casal, na época com cinco anos de idade, também foi atacado, mas sobreviveu. Além dos quatro assassinatos, o réu também será julgado pela tentativa de homicídio.
O réu havia sido pronunciado em 2019, mas recorreu na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que, ao analisar o recurso, manteve a decisão de pronúncia.
*Com informações do Cada Minuto