Polícia
Menino Cauã foi morto por espancamento, diz suspeito; corpo foi encontrado
Suspeito levou polícia até o local onde estava a criança; em entrevista, ele afirmou ter batido no menino após ele "aperrear"
A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) confirmou na tarde desta quinta-feira, 28, que o corpo encontrado em um terreno no Benedito Bentes, parte alta de Maceió, é do menino Cauã, de apenas dois anos. Ele estava desaparecido desde o último dia 18. Ele foi espancado até a morte, segundo o suspeito de ter cometido o crime.
Segundo Alan dos Santos, delegado responsável pelo caso, o suspeito relatou que o crime foi presenciado pela adolescente de 16 anos, que estava cuidado do menino. Ela não teria participado das agressões. O chefe de operações também confirmou que a adolescente está sob custódia da Polícia Civil. “O corpo foi encontrado após Fernando levar a polícia ao local exato onde foi deixado”, disse.
Em entrevista à TV Pajuçara, o suspeito descreveu como o crime ocorreu. " Ele [Cauã] estava aperreando e eu dei uns tapas nele. Ele acabou caindo, batendo com a cabeça na parede e ficou se tremendo", disse Fernando. Ele contou ainda que o menino perdeu os sentidos e ele tentou reanimá- lo. Questionado por que não levou Cauã para receber socorro médico, Fernando disse que teve medo.
Ainda segundo o jovem, as agressões aconteceram na casa de uma cunhada e, em seguida, a criança foi levada desacordada para a sua residência. Ao ser constatado que cauã não estava mais vivo, o corpo foi levado a um matagal, onde foi deixado, coberto com folhas.
Cauã desapareceu no próprio bairro do Benedito Bentes. Ele tinha sido deixado, na manhã do dia 18 de abril, aos cuidados de uma adolescente de 16 anos há cerca de 50 dias e, segundo testemunhas, sumiu rapidamente na avenida Pratagy, no mesmo bairro.
A mãe da criança disse, em entrevista, que mora em Chã de Bebedouro e que Cauã estaria passando um tempo na casa de uma amiga, no bairro em que o garoto sumiu, para que ele pudesse trabalhar. A mãe, identificada como Dirlene, disse ainda que o menino sumiu após a amiga e seu companheiro terem ido para uma dentro de uma loja no bairro.
Agentes do Programa Ronda no Bairro disseram que foram acionados para atender a ocorrência de uma criança perdida na Avenida Pratagy. A guarnição fazia patrulha, quando se deparou com o casal pedindo ajuda. Eles contaram que cuidavam do filho de uma conhecida e que a criança não possui documentos civis.
O boletim de ocorrência mostrou que a amiga de Dirlene tem apenas 16 anos. A adolescente afirmou no documento que estava com a criança na feirinha do bairro, por volta das 11h40, quando percebeu o sumiço dela. Ela disse à polícia que imediatamente procurou agentes da Ronda do Bairro, mas que não localizaram a criança e comunicaram o desaparecimento para a mãe, junto ao Conselho Tutelar.