Polícia

Júri popular condena acusados de torturar e matar jovem de 22 anos

Joyce da Silva Alves foi morta em 2019, por supostamente ter feito o sinal de uma facção rival

Por Redação 29/04/2022 07h07
Júri popular condena acusados de torturar e matar jovem de 22 anos
Depoimento do delegado Thiago Prado - Foto: Divulgação

Terminou na noite de quinta-feira (28) o julgamento dos acusados de torturar e matar Joyce da Silva Alves, no ano de 2019. Eles foram condenados pelo júri popular e quatro cumprirão penas que variam de 25 a 31 anos em regime fechado.

Clécio Gomes Barbosa, Elton Jhon Bento da Silva, Jullyana Karla Soares da Costa, Maria Mariá Epifânio e Lady Laura Rodrigues Paulo, foram denunciados pelo Ministério Público acusados dos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de tortura e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ocultação de cadáver, associação criminosa, corrupção de menores e tortura.

Os acusados podem recorrer, mas a decisão do juiz Filipe Ferreira Mungaba manteve a prisão preventiva, somente Lady Laura Rodrigues Paulino poderá recorrer em liberdade, “uma vez que inexistem novos motivos que autorizem a decretação de sua prisão preventiva”.

Clécio Gomes Barbosa, vulgo "Orelha", foi condenado pela prática de homicídio triplamente qualificado, tortura, ocultação de cadáver e corrupção de menores.

Elton Jhon Bento da Silva foi condenado por homicídio triplamente qualificado, tortura, ocultação de Cadáver e corrupção de menores.

Jullyana Karla Soares da Costa foi condenada por homicídio triplamente qualificado, tortura e corrupção de menores.

Maria Mariá Araújo Epifânio foi condenada por homicídio triplamente qualificado e tortura.

Lady Laura Rodrigues Paulino foi condenada pelo crime de tortura. Ela foi a única acusada que teve a pena fixada em dois anos, um mês e 15 dias, em regime semiaberto.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O caso

Joyce Alves teria nomeado a facção criminosa a qual pertencia quando estava na casa de um adolescente, juntamente com alguns colegas e a ré Maria. As pessoas presentes se irritaram com a vítima e tomaram seu celular, informando que a região era dominada pela facção rival.

Um adolescente se dirigiu à casa do acusado Elton e contou a situação, momento em que ele e a esposa, Jullyana, foram até o local. A dupla questionou se Joyce era mesmo da facção rival e começou a desferir socos e pontapés na vítima.

Clécio teria chegado em seguida e ordenado que Lady Laura, Maria e Jullyana passassem a torturar a vítima, cortando seu cabelo e a agredindo fisicamente. Após as múltiplas agressões, Joyce foi levada até um local ermo, onde foi assassinada.