Polícia

Ossada que pode ser do menino Kauã passará por exame de DNA

A perita criminal Larissa Rachel Martins também encontrou as roupinhas que o menino usava na data que supostamente havia sido sequestrado e que estava desaparecido, dia 18 de abril

Por Redação 29/04/2022 14h02
Ossada que pode ser do menino Kauã passará por exame de DNA
. - Foto: Foto: Andréa Resende/G1

Foi confirmada na manhã desta sexta-feira (29), pela Polícia Cientifica de Alagoas, que a ossada de uma criança encontrada em Maceió na tarde da última quinta (27), passará pelo exame de DNA para identificar se o cadáver pertence ou não ao menino Márcio Kauã Ferreira Acioli de 2 anos e 10 meses que estava desaparecida.

De acordo com as informações repassadas pelo Instituto de Criminalística, os ossos estavam concentrados em uma área e cobertos por uma vegetação. A perita criminal Larissa Rachel Martins também encontrou as roupinhas que o menino usava na data que supostamente havia sido sequestrado e que estava desaparecido, dia 18 de abril. Outra informações que vale atentar é, o responsável pela morte e ocultação do cadáver foi quem levou os policiais civis até ao local onde ele desovou o corpo do menino.

Os restos mortais da criança foram levados para o Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) para realização do exame de necropsia. O laudo do exame cadavérico realizado pelo perito médico legista Kleber Santana, apontou morte por traumatismo crânio encefálico.

“Durante o exame encontrei uma fratura no osso occipital do crânio causada por um instrumento contundente, cuja investigações deverão apurar que tipo de instrumento é esse. Outro fato que constatamos no exame cadavérico, foi a localização de fraturas antigas consolidadas em três costelas, o que confirma que a criança vinha sofrendo maus tratos”, afirmou Kleber Santana.

Sobre a esqueletização total do corpo, o perito médico legista explicou que não há como definir uma data exata da morte. Mas, que dentro das condições em que ele foi desovado, coberto por vegetação, ao relento, sobre condições temporais adversas como sol e chuva, pode haver uma aceleração da decomposição, mas que 10 dias seriam pouco tempo para esse resultado.

Já em relação a liberação da ossada para sepultamento, a perita odontolegista Dra. Ana Paula Cavalcante Carneiro Nemésio, responsável pelo Departamento de Identificação Humana do IML, explicou que a liberação só será possível após o exame de DNA.

“Isso ocorre, tanto pelo estado em que o corpo foi encontrado, bem como pelo fato de que crianças nesta faixa etária geralmente não apresentam registros dentários ou de impressões digitais para que a equipe possa realizar outros exames de identificação, como o odontolegal e a necropapiloscopia. Os exames antropológicos também ficam limitados uma vez que, em crianças, ainda não há diferenciação sexual perceptível ao exame dos ossos,” afirmou a odontolegista.

*Com informações da POAL