Polícia

PF inicia Operação para combate de desvios de recursos da educação e saúde no município

Foram empregados 162 Policiais Federais para o cumprimento das medidas nessa fase

Por Redação 11/08/2022 09h09 - Atualizado em 11/08/2022 09h09
PF inicia Operação para combate de desvios de recursos da educação e saúde no município
Operação Beco da Pecúnia - Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11), em Alagoas, a Operação Beco da Pecúnia, depois de investigar possíveis crimes de desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do FUNDEB e SUS, que teriam ocorrido no município de Rio Largo. O prefeito Gilberto Gonçalves é um dos alvos da operação e teve sua residência investigada.

Confira o vídeo: 

Conforme informado pela investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

A investigação identificou ainda que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Estão sendo cumpridos hoje,(11), 35 mandados judiciais de busca e apreensão em 6 municípios alagoanos (Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios) e 1 em São Paulo/SP, além do sequestro de bens móveis e imóveis para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12 milhões.

Além disso, foi determinado o afastamento cautelar de agentes públicos dos cargos que atualmente ocupam no município de Rio Largo, pelo prazo de 60 dias, proibição de frequentar órgãos públicos do município, proibição de manter contatos entre si e proibição de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte, além da imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.

Foram empregados 162 Policiais Federais para o cumprimento das medidas nessa fase da Operação.