Um reeducando do Presídio de Segurança Máxima 2, localizado na Cidade Universitária, parte alta da cidade de Maceió, fugiu pela porta da frente, na manhã da última segunda-feira (29). A informação foi confirmada a pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

De acordo com informações iniciais, o apenado trabalhava na limpeza da unidade e teria agido aproveitando uma oportunidade. A fuga só foi percebida momentos depois e ainda na manhã de ontem diligências foram realizadas no sentido recapturar o detento, mas sem sucesso.

Quando questionada sobre as circunstâncias do episódio, a Seris se limitou a dizer apenas que “O apenado trabalhador se valeu da confiança que tinha e fugiu”.

Para o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasppen), Vitor Leite, a fuga é resultado da falta de estrutura do Sistema Prisional e do baixo efetivo de Policiais Penas. “A recomendação é que se tenha um policial para cinco detentos, no dia da fuga havia oito policiais para cerca de mil presos. è humanamente impossível fazer a cobertura de uma unidade tão grande com essa quantidade de profissionais”, pontuou.

“Essa fuga é um sintoma de tantos outros problemas que temos nas unidades prisionais. Nós já alertamos diversas vezes sobre a necessidade de medidas mais efetivas e contratação de pessoal. Vou repetir o que falei quando os 12 reenducandos fugiram no Presídio do Agreste: as circunstâncias precisam ser investigadas, as imagens precisam ser verificadas para se evitar situações como essa”, completou Leite.

No dia 31 de julho, a fuga de 12 detentos do Presídio do Agreste, em Craíbas, mobilizou a Segurança Pública. Os reeducandos teriam envolvimento com facções criminosas e estavam presos por crimes como tráfico de drogas e homicídio.

Dos 12 fugitivos, cinco reeducandos foram recapturados e um sexto morreu em confronto com a polícia. Outros seis detentos seguem foragidos.

Com informações do Alagoas 24 horas.