Polícia
Homem é agredido após ser vítima de homofobia em bar na Ponta Verde
Jovem chegou a ter os óculos quebrados após agressão cometida por funcionário
Um homem foi agredido após ter sido vítima de homofobia por parte de um funcionário do bar Pedra Virada, localizado à beira-mar da praia de Ponta Verde, na tarde de sábado (10), em Maceió. A vítima publicou imagens da agressão nas redes sociais e já foi à delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência.
Klayton Alves, estudante de psicologia de uma faculdade particular de Maceió de 28 anos filmou a agressão divulgou as imagens do ocorrido e seu relato nas redes sociais. Segundo a vítima, um funcionário do estabelecimento o barrou de acompanhar uma amiga no banheiro e, logo após, começou a falar piadas homofóbicas e preconceituosas. Após perceber que foi filmado por Kleyton, ele deu um tapa no rosto do jovem que chegou a derrubar e quebrar os óculos que usava.
"Ele me disse que não poderia usar o banheiro feminino porque eu não era, e nem chegava perto de ser uma mulher. Com paciência eu expliquei para ele que não iria utilizar o banheiro e sim que estava acompanhando a minha colega e que estávamos com várias bolsas. Com arrogância, ele falou mais alto e exigiu que eu saísse do banheiro porque eu não era mulher, só que ele falou em tom alto, fazendo com que outros clientes que estavam em volta ouvissem".
"Foi quando fiz um vídeo no meu Instagram relatando o que aconteceu, ele me viu gravando e veio falar coisas. Me feriu como ser humano, me sentindo muito mal mesmo estando certo”, completou.
Ao entrar em contato com o jovem, o Jornal de Alagoas foi informado que em outras situações a vítima já havia utilizado o banheiro feminino do local. "Como de costume e durante 28 anos da minha vida eu sempre fui ao banheiro feminino por ser gay, acompanhei ela (sua amiga) sem pensar que iria acontecer esse constrangimento", relatou.
Proprietário nega acusações
Em mensagem enviada ao Jornal de Alagoas às 16h41 da segunda-feira (12), o proprietário do bar Pedra Virada, negou as acusações contra o funcionário do seu estabelecimento. Segundo ele, há imagens que negam que não houve agressão e que quem partiu para cima do funcionário foi o jovem que acusa o bar de homofobia.
*Estagiária sob supervisão