Polícia

Policial que agrediu mulher em posto de combustível é indiciado por violência de gênero

O caso aconteceu em um posto de combustível no bairro do Antares, em Maceió, no dia 31 de julho

Por Ruan Teixeira 05/10/2022 14h02 - Atualizado em 05/10/2022 16h04
Policial que agrediu mulher em posto de combustível é indiciado por violência de gênero
Homem agride mulher com tapa no rosto na capital alagoana. - Foto: Reprodução/Internet

O Policial Militar Tharllysson Neylon que agrediu uma mulher em um posto de combustível no bairro do Antares, em Maceió, no dia 31 de julho, foi indiciado por violência de gênero. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Alagoas (PC-AL), através de sua assessoria. A investigação foi conduzida pela delegada Ana Luiza Nogueira.

O inquérito segue agora para a Justiça que dará andamento ao processo. O policial não estava em serviço quando cometeu o delito, flagrado em vídeo e que gerou a abertura do inquérito policial.

O advogado de defesa de Tharllysson, Raimundo Palmeira ressalta que nesse caso não cabe a Lei Maria da Penha, pois ela se aplica quando a violência ocorre de relações domésticas, familiares e que ele deve responder pelo crime de lesão corporal leve, quando não há sequelas para vítima.

Mesmo assim, Raimundo diz seguir no aguardo por uma proposta de suspensão condicional do processo do Ministério Público de Alagoas, pois é um crime, segundo ele, de menor potencial ofensivo.

O PM envolvido no caso está afastado da corporação desde antes do crime, para tratar de questões psicológicas.

O caso


Na manhã do domingo do dia 31 de julho, o Policial Militar Tharllysson Neylon estava em um posto de gasolina da parte alta de Maceió, quando agrediu uma mulher com um tapa no rosto. A vítima chegou a cair no chão desacordada.

No depoimento, a mulher que levou o tapa no rosto disse que não tem nenhuma ligação com agressor. Ela contou que voltava de uma festa quando parou em um posto de combustíveis para tomar café da manhã com uma amiga. Nesse momento, a amiga começou uma briga com o ex-namorado e a vítima saiu em sua defesa.

Porém, o casal foi embora, deixando no local a amiga e o agressor, que é amigo do ex-namorado citado no depoimento. Nesse momento, ele começou a discutir com a vítima porque ela tinha defendido a amiga.

Ainda no depoimento, a vítima disse que o militar cuspiu no rosto dela, a atacou verbalmente por ser mulher e, por fim, deu o tapa no rosto dela. A mulher ficou caída no chão após a agressão.

A amiga dela e seu ex foram embora, deixando no local a vítima e o agressor, que é amigo do ex-namorado citado no depoimento. Nesse momento, ele começou a discutir com a agredida porque ela tinha defendido a amiga.

Ainda no depoimento, a vítima disse que o militar cuspiu no rosto dela, a atacou verbalmente por ser mulher e, por fim, deu o tapa no rosto dela.