Polícia

Operação da PF prende homem por fraude em registro de CAC, em Maceió

As ordens judiciais foram expedidas pela 37ª Vara Criminal da Justiça Federal em Caruaru, em Pernambuco

Por Redação* 21/10/2022 12h12 - Atualizado em 21/10/2022 15h03
Operação da PF prende homem por fraude em registro de CAC, em Maceió
Documentos falsos eram usados para viabilizar e dar aparência de legalidade ao comércio de armas - Foto: Ascom PF

Um homem foi preso durante operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (21). A ação também está cumprindo mandados em Pernambuco e São Paulo. Segundo informações, ele e os suspeitos fraudavam o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) para aquisição de armas que, depois, eram vendidas, além de vender as armas por meio de perfis nas redes sociais, fazendo conteúdo que incitavam o uso delas.

A ação, que conta com a cooperação da Receita Federal do Brasil, visa a cumprir quatro mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas, sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e bloqueio de valores. Além disso, houve bloqueio de 14 páginas, perfis e canais de disseminação de conteúdo ilegal na rede mundial de computadores. 

As ordens judiciais foram expedidas pela 37ª Vara Criminal da Justiça Federal em Caruaru, em Pernambuco, após representação da Polícia Federal e manifestação favorável do Ministério Público Federal.

No decorrer da ação investigativa, foi identificada a existência de organização criminosa dedicada à produção de documentos ideologicamente falsos e o uso desses para viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegais de armas de fogo, que utilizaria pessoas jurídicas como instrumentos para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos e difundir em nome delas, sobretudo por meio da internet, publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes.

Após as investigações, aqueles que forem investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de pertencimento a organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, dentre outros crimes. 

As penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão e multa.

*Com informações da Ascom PF