Polícia
Padrasto acusado de matar menino de 7 anos no Clima Bom vai a júri popular
O crime ocorreu no dia 11 de outubro de 2019. Segundo o processo, José Roberto de Morais estuprou e matou o enteado a facadas e também lavou e ocultou o cadáver da criança
José Roberto de Morais, acusado de estuprar e matar o enteado de 7 anos, Danilo Almeida Campos, em 2019, será julgado nesta quinta-feira (3). O júri é realizado no Fórum da Capital, no Barro Duro e teve início às 8h.
Cinco testemunhas foram arroladas para o julgamento. Uma delas é o irmão gêmeo da vítima. O júri popular será conduzido pelo juiz Yulli Roter Maia, da 7ª Vara Criminal.
"A expectativa é que o júri termine na tarde de hoje. Cinco testemunhas serão ouvidas, depois o acusado deve falar e depois entramos na fase dos debates", afirma o juiz.
O promotor Tiago Friff Narciso espera que o réu seja condenado. "Entendemos que há um conjunto de provas bastante robusto que apontam o acusado como autor do crime. Esperamos que ele seja condenado", disse.
O crime ocorreu no dia 11 de outubro de 2019. Segundo o processo, José Roberto de Morais estuprou e matou o enteado a facadas e também lavou e ocultou o cadáver da criança. Na decisão, a Justiça manteve a prisão preventiva do réu. Ele continua preso.
O corpo de Danilo foi encontrado apenas no dia seguinte, em uma viela no bairro Clima Bom, na capital. Em depoimento, José Roberto negou envolvimento no crime. Disse que no dia do ocorrido não chegou a ver a criança.
Na época do crime, o padrasto e a mãe de Danilo contaram que a criança desapareceu depois de ser levada por uma mulher, que também teria tentado levar o irmão gêmeo da vítima, mas as investigações mostraram que não havia mulher e que o autor dos crimes foi o padrasto.
José Roberto também é acusado de ter coagido e drogado a ex-esposa e mãe dos gêmeos, Dacineia Carlos de Almeida, para que ela mentisse em seu depoimento e acusasse a polícia de tortura.
O réu foi preso ainda em 2019 suspeito de ter praticado tentativa de homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal, cárcere privado e sequestro no ano de 2010 contra sua companheira à época e também contra sua enteada de 11 anos.
O réu foi pronunciado em novembro de 2021 e será julgado por estupro de vulnerável, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa, por haver supostamente coagido a mãe da vítima a dizer que haviam sido torturados por integrantes da polícia.