Polícia

"Galo Cego" e parceiro são condenados por assassinato em Riacho Doce

Crime aconteceu em 2019 em frente ao acesso do Mirante da Sereia

Por Redação* 04/11/2022 12h12
'Galo Cego' e parceiro são condenados por assassinato em Riacho Doce
“Galo cego” assumiu ter efetuado oito disparos contra Glaydson - Foto: Ascom MPAL

Após júri que ocorreu na 9ª Vara Criminal, os réus Danilo da Silva, vulgo “galo cego”, e Jhonatas Matheus dos Santos Monteiro tiveram a prisão preventiva mantida e foram condenados pelo assassinato de Glaydson Braz dos Santos Oliveira. O júri foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim.

A ação criminosa teve como pano de fundo o tráfico de drogas e a motivação seria rivalidade entre grupos na região do fato. “Galo cego” assumiu ter efetuado oito disparos contra Glaydson, razão pela qual a pena foi atenuada, no entanto totalizando 17 anos, dois meses e nove dias de reclusão. Já Jhonatas Mateus teve a função de ‘olheiro’ – que fica em vigilância para repassar informações-, e foi condenado, como partícipe, a nove anos, quatro meses e 15 dias.

O crime foi ousado, na frente de familiares e amigos da vítima, em plena luz do dia, à margem da rodovia AL 101 norte, em frente ao acesso do Mirante da Sereia, em Riacho Doce.

No dia do assassinato, a vítima, desarmada, saía da praia na companhia de dois irmãos, quando foi interceptada por uma motocicleta conduzida por Jeferson, comparsa de ‘galo cego”, este sendo o carona. Autor dos disparos, seis pelas costas e dois na cabeça, sua ação foi considerada de extrema frieza. Na hora da execução, enquanto um irmão correu, Gizelly Luisa Braz dos Santos Oliveira, também irmã de Glaydson, se abraçou com ele aos prantos, desesperada, mas foi empurrada pelo assassino que efetuou outros disparos já com o alvo no chão.

“A pior escolha que o homem pode fazer como solução para seus problemas é executar um semelhante. Ouvimos a mãe da vítima em plenário e podemos constatar a dor que ela carrega porque o homicídio mata também aqueles que amam vítima e a mantém viva em seu coração. Hoje a resposta da sociedade para os assassinos põe fim a esse luto. Mas a dor da da perda será eterna. A ausência do pai na vida dos órfãos jamais será preenchida por outrem”, afirma a promotora de Justiça Adilza Freitas.

A vítima deixou dois filhos. Na época do crime a esposa estava grávida.

*Com Ascom MPAL