Polícia

Comandantes confessam que atiraram no veículo do empresário Marcelo Barbosa; entenda

Eles prestaram depoimento nesta sexta-feira, 09, na sede da Deic, em Maceió

Por Redação 09/12/2022 16h04 - Atualizado em 09/12/2022 16h04
Comandantes confessam que atiraram no veículo do empresário Marcelo Barbosa; entenda
Empresário Marcelo Barbosa morreu cinco dias após ser transferido para São Paulo - Foto: Reprodução

Comandantes das guarnições do 3º BPM confessaram que atiraram no veículo do empresário Marcelo Barbosa, no qual, resultou em sua morte. A confissão dupla foi durante depoimentos na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em Maceió, para a Polícia Civil de Alagoas, nesta sexta-feira, 09. A informação é do delegado Sidney Tenório, que faz parte da comissão especial formada para investigar o caso.

“Um disse que atirou nos pneus e outro alegou que atirou na lataria e veio a atingir o empresário”, disse o delegado, acrescentando que detalhes sobre o caso não poderão ser repassados para não atrapalhar as investigações, ou seja, os comandantes assumiram que atiraram contra o veículo do empresário.

Nesta quinta-feira, 09, quatro militares das duas guarnições envolvidas no caso também foram ouvidos pelos delegados. No entanto, o teor dos depoimentos seguem em sigilo. Na segunda-feira, 12, a comissão especial deverá encaminhar todas as informações apuradas até o momento à Polícia Científica com o intuito de conseguir agendar a reconstituição simulada.

Relembre o caso


No dia 14 de novembro, o empresário Marcelo Barbosa foi atingido com um tiro de fuzil durante uma abordagem policial do 3º BPM. Devido ao tiro, Marcelo perdeu um rim, o baço e parte do intestino. Ele estava internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, logo depois foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, em Maceió. Devido as complicações em seu quadro de saúde, Marcelo foi transferido para uma UTI do Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo. Marcelo chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu e faleceu 21 dias após a abordagem.

Uma comissão especial de delegados, formada por Sidney Tenório, Cayo Rodrigues e Fillipe Caldas, foi nomeada para investigar o caso. O Ministério Público Estadual determinou a realização da reprodução simulada da abordagem.