Polícia
Caso Marcelo Leite: inquérito pede prisão de PMs e conclui que arma foi plantada em veículo
Com a conclusão das investigações foi pedida a prisão preventiva de dois policiais militares que participaram do crime
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (7), a comissão de delegados que investiga o "Caso Marcelo Leite" deu detalhes da conclusão do inquérito do homicídio do empresário, que foi morto durante abordagem de policiais militares no município de Arapiraca.
A coletiva foi realizada na sede da Delegacia Geral, em Jacarecica, e contou com a presença do delegado geral Gustavo Xavier, do chefe especial do IC Welington Melo e do coordenador da DEIC, o delegado Igor Diego, que revelaram que a perícia realizada no local do assassinato indicou que a arma de fogo encontrada no carro da vítima foi plantada pelos policiais.
Com a conclusão das investigações, foi pedida a prisão preventiva de dois policiais militares que participaram do assassinato.
Segundo o delegado-geral Gustavo Xavier, o comandante da viatura responderá pelos crimes de homicídio na modalidade dolosa, pois quando um disparo é efetuado se assume o risco de morte, e por fraude processual.
“Ele também será indiciado pelo crime de fraude pós-processual, em razão de uma provável inovação artificiosa, pela implantação da arma de fogo, tentando sugerir à polícia e ao poder judiciário, que estes fossem induzidos ao erro. Além dessa segunda modalidade de crime, teria como consequência, a prática de denunciação caluniosa. E esse é o entendimento que chega à comissão”, explicou.
Relembre o caso
O empresário Marcelo Leite foi atingido por um tiro durante uma abordagem policial em Arapiraca no dia 14 de novembro do ano passado. O tiro foi disparado por um militar do 3º Batalhão da Polícia Militar, resultando na morte de Marcelo no dia 5 de dezembro.