Polícia

Denúncia de violência no Terreiro Abassá de Angola será investigada na Delegacia Tia Marcelina

O caso foi registrado no bairro da Cidade Universitária, parte alta de Maceió.

Por Redação 06/03/2023 11h11 - Atualizado em 06/03/2023 12h12
Denúncia de violência no Terreiro Abassá de Angola será investigada na Delegacia Tia Marcelina
Delegacia Especial dos Crimes Contra Vulneráveis da Capital localizada no Complexo de Delegacias (CODE) - Foto: Ascom PC-AL

O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, falou sobre a denúncia feita contra policiais militares que invadiram o Terreiro Abassá de Angola e torturam o neto da Ialorixá da casana última quinta-feira (2), e noticiada em primeira mão pelo Jornal de Alagoas

De acordo com o agente, o caso será investigado na Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina. O caso foi registrado no bairro da Cidade Universitária, parte alta de Maceió.

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Nesta segunda-feira (6), a delegada Rebecca Cordeiro, titular da unidade especializada, vai tomar providências para o esclarecimento do caso. Uma das medidas será ouvir algumas pessoas na Delegacia, que fica localizada no Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), no bairro de Mangabeiras. 

O caso

O advogado Pedro Gomes, do Instituto do Negro Alagoano (INEG), denunciou que policiais militares alagoanos invadiram, nesta quinta-feira (2), o terreiro Abassá Angola, localizado no Conjunto Otacílio Holanda, na Cidade Universitária, em Maceió. A casa foi fundada por Mãe Vera, uma das principais líderes religiosas de Alagoas e que faleceu em setembro de 2022.

De acordo com o advogado, o neto sanguíneo de Mãe Vera estava na localidade quando foi abordado pelos policiais e interrogado sobre a existência de drogas sobre onde funcionaria uma "boca de fumo" da região. Após não obterem respostas, os policiais invadiram, sem mandado de busca e apreensão, o terreiro.

Mesmo sem encontrar evidências que apontassem práticas criminosas, o jovem que estava sendo interrogado foi colocado na viatura e levado até uma casa abandonada, ainda na região da Cidade Universitária, onde foi agredido e torturado.