A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) abriu inquérito para investigar uma morte no Povoado Chinaré, em Igreja Nova, interior de Alagoas. Trata-se de um caseiro de uma fazenda, que foi encontrado morto nesta terça-feira (28). A vítima foi identificada como Robson Luiz de Santana e tinha 57 anos. 

Em entrevista ao G1 Alagoas, o chefe de operações do 84° Distrito Policial (84°DP), Gledson Oliveira, informou que a vítima morava na fazenda onde trabalhava e nela própria foi encontrado sem vida, na manhã desta terça, com perfurações de arma de fogo pelo corpo. 

"Ele foi encontrado pela manhã por populares e, assim que soubemos, enviamos uma equipe para o local. Identificamos os familiares da vítima e possíveis testemunhas, que serão ouvidas durante o inquérito policial", afirmou o policial. 

Com a abertura do inquérito para investigar o caso, que é tratado como homicídio. A polícia trabalha com duas linhas de investigação. 

Gledson disse ainda que o dono da fazenda esteve no local onde o corpo foi encontrado, afirmando que nada foi roubado. "Descartamos que tenha sido latrocínio. Temos duas linhas de investigação que estamos seguindo, mas não vamos dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações". 

O corpo de Robson vai ser periciado pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve apontar o que causou a morte do caseiro. 

Até o momento da publicação da matéria, ninguém foi preso.

Vestígios foram encontrados pela Polícia Científica

Após conclusão da perícia no local onde o caseiro foi encontrado morto. A Polícia Científica de Alagoas informou que a vítima foi alvejada por múltiplos projéteis de um disparo de espingarda, e em seguida, já no chão, foi atinginda por pelo menos três disparos de revólver, possivelmente calibre 38, na lateral direita da face.

Vale destacar que a vítima apresentava uma fratura no antebraço direito devido ao impacto do disparo de espingarda. A lateral esquerda do tronco também foi alvo de múltiplos ferimentos de disparos de arma de fogo. 

O perito criminal Édson Júnior conseguiu coletar no local do crime quatro projéteis de arma de fogo, e dois cartuchos de espingarda. Ele ainda localizou dois bonés, um da vítima e outro que pode pertencer ao autor do crime. 

Ele explica afirmando que consegui encontrar e recolher uma "bituca" de cigarro com material biológico na cena do crime. Como a vítima não fumava, esse vestígio pode ser do autor do crime. Relatando que recolheu o material para extração de material genético para exames posteriores em laboratório.  

A priori se pensou que o crime poderia ser um latrocínio, mas ao término da perícia, Edson afirmou que pela dinâmica do crime, o caseiro foi vítima de homicídio.