Polícia

Ministério Público de Alagoas orienta futuros policiais militares sobre assédio

Diálogo também visa encorajar denúncias contra possíveis práticas na corporação

Por Redação* 20/04/2023 15h03 - Atualizado em 20/04/2023 17h05
Ministério Público de Alagoas orienta futuros policiais militares sobre assédio
Promotora de Justiça Karla Padilha orienta futuros policiais militares - Foto: MP-AL/Anderson Macena

Na última quarta-feira (19), na Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche, os novos alunos do Curso de Formação de Praças (CFAP) receberam uma formação por parte do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) sobre uma pauta bastante atual: assédio. O intuito foi orientar às futuras integrantes da corporação, em relação aos possíveis assédios moral e sexual e como denunciar. 


A promotora de Justiça Karla Padilha, titular da mencionada Promotoria, comentou sobre o encontro com os futuros praças.

“Essa conversa teve a intenção de chamar a atenção das mulheres que acabam de ingressar na carreira para que não silenciem caso sofram assédio moral e sexual dentro da sua corporação." Segundo Karla Padilha isso vai de encontro às ações dentro do projeto ‘mulheres em segurança: assédio não’, desenvolvido pela promotoria de controle externo com a Universidade Federal de Alagoas, criado em 2021. E acrescenta dizendo: O objetivo maior será a conscientização desse público-alvo, em relação a essas práticas de assédio em todas as instituições da segurança, iniciando por esses cursos de formação”, explica a promotora.

Campanha


A campanha “Mulheres em segurança: assédio não” é de autoria da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e recebeu apoio da Universidade Federal do Estado de Alagoas (UFAL), por meio da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA).

O projeto teve início após uma pesquisa em todas as instituições ligadas à Segurança Pública : Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, e Polícia Científica, bem como a Polícia Penal que integra a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inserção Social (Seris).

“A pesquisa nos deu um panorama com elevados índices de assédio em que figuram como vítimas as mulheres integrantes das unidades da segurança pública. Por isso a importância do projeto e de reiterar esses fatos para cada novo grupo de policiais que iniciam suas atividades”, diz Padilha.

A promotora entregou panfletos para que fossem afixados nas portas das salas comuns da Academia de Polícia Militar, para que os futuros policiais tenham noção das práticas mais comuns, recorrentes, que podem ser classificadas como assédio moral e sexual;  também sendo encorajados (as) a denunciar.


Com informações da assessoria*