Polícia

Polícia prende casal suspeito de torturar o próprio filho de 4 anos em Maceió

Prisão dos acusados aconteceu na casa da avó paterna da vítima, no bairro do Trapiche da Barra, na Região Sul de Maceió

Por Redação* 23/05/2023 18h06 - Atualizado em 23/05/2023 18h06
Polícia prende casal suspeito de torturar o próprio filho de 4 anos em Maceió
Registro da criança espancada - Foto: Gisélia Santos

Na tarde desta terça-feira, 23, em ação da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), um casal suspeito de torturar o próprio filho de apenas 4 anos, foi preso. A prisão aconteceu após denúncia aos militares, que prenderam os acusados, na casa avó paterna do menino, no bairro do Trapiche da Barra, na parte baixa de Maceió.  

O casal e a criança foram levados à Central de Flagrantes, onde o delegado que atendeu o caso afirmou se tratar de um caso de tortura. Um conselheiro tutelar que acompanha o caso relatou que a criança contou a delegado que o pai o agredia com socos e que a mãe batia nele com um fio. 

Agora, a vítima deve ficar aos cuidados de uma tia. Os pais ainda aguardavam para prestar depoimento ao delegado. 

De acordo com a conselheira tutelar Valmenia Santos, o Conselho recebeu a denúncia na tarde desta terça-feira, 23, após um trabalho de concientização na regiçao do Vergel do Lago. 

"Recebemos a denúncia às 14h da tarde de hoje, que foi feita por diversas pessoas. Foram várias denúncias anônimas e, além desses relatos, também recebemos um vídeo, que nos chocou bastante. Fomos até o local, a casa estava fechada e não encontramos a criança. Falamos com a avó paterna da criança, que disse que não tinha o número do filho, porém descobrimos que ela tinha. Quando estávamos saindo do local, populares nos informaram que o agressor estava escondido em um barraco. Nesse momento, acionamos a polícia militar, que efetuou a prisão do agressor", contou Valmenia, em entrevista ao Cidade AL. 

Segundo ela, o agressor já responde por homicídio. "A prisão dele aconteceu no barraco da mãe, onde nós estávamos e, ao nos ver no local, ele entrou no barraco de um outro morador. Quando chegamos no local, a criança estava coberta e só com os pés descobertos. A princípio, achamos que ela estava morta, porém, após a criança se sentar, tivemos a dimensão das agressões. Essa criança tem sinais de agressões na região do olho, na testa, na cabeça e nas costas. Essa criança apresenta marcas de agressões da cabeça aos pés, que variam entre cicatrizes antigas e novas", relatou. 

Ainda de acordo com Valmenia, a criança contou que algumas cicatrizes foram feitas por golpes de fio e outras foram feitas por sandália. "O menino ainda disse que o pai o agrediu com diversos socos no rosto e na cabeça. Quando questionamos a mãe sobre as agressões, ela pediu para perguntar a criança, que nos respondeu que as agressões aconteceram pelo fato dele não ter 'obedecido''.

Com informações do TNH1.