Polícia
Equipe médica que amputou perna de idosa é indiciada por lesão corporal grave
Equipe teria ignorado o protocolo de cirurgia segura expedido pelo Ministério da Saúde
A Polícia Civil indiciou a equipe médica do Hospital Geral do Estado (HGE) que amputou por engano a perna da idosa Maria José, de 73 anos, no mês de abril. Quatro pessoas irão responder por lesão corporal grave e duas por supressão de documento público.
“Quatro profissionais vão responder pelo erro que cometeram ao fazer a cirurgia em um local que não estava no documento. A cirurgiã e o outro médico foram denunciados por supressão de documentos, quando levaram o prontuário para a psicóloga e, quando retornaram, faltavam documentos”, afirmou o delegado Robervaldo Davino.
Segundo o delegado, os profissionais ignoraram o protocolo de cirurgia segura expedido pelo Ministério da Saúde (MS) e não conversaram com a paciente antes da cirurgia ser realizada.
“A paciente entrou na sala, sem ninguém ter conversado com ela antes, e quando acordou na ala do hospital notou que a perna havia sido cortada. Aí foi quando ela questionou o procedimento”, explicou.
Robervaldo reforçou ainda que a Comissão de Ética do HGE também realizou um procedimento para apurar o caso, com mais de 80 páginas que foram lidas e reunidas com o que foi apurado pela polícia.
O inquérito será agora encaminhado para o Ministério Público: “É possível que se ofereça a denúncia ou que nos peçam mais diligências”, disse o delegado.
O caso
A idosa Maria José teve uma das pernas amputada sem necessidade após ir ao Hospital Geral do Estado (HGE) realizar um procedimento de correção devido a uma fratura no tornozelo.
Investigações apontam que houve uma troca de prontuários e a amputação deveria ser realizada em outra paciente com o mesmo nome.
*Com informações do Cada Minuto