Polícia
Sem vigilantes, equipamentos culturais de Alagoas são saqueados
Atraso de três meses no pagamento a empresa de vigilância interrompeu serviços
O Jornal de Alagoas recebeu a informação nesta segunda-feira (18) de que, desde o último sábado (16), equipamentos culturais de Alagoas, especialmente o Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte), estariam funcionando sem equipe de vigilância ou segurança presencial.
O motivo da incúria para com o espaço, que pertence à Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult), e fica localizado na Rua Pedro Monteiro, no Centro de Maceió, seria o atraso de três meses do salário da empresa terceirizada que presta o serviço ao estado.
Ainda de acordo com a denúncia, já houve furto dos refletores do Cenarte e segundo informações o equipamento vem sendo saqueado dia após dia. O prédio histórico que existe há mais quatro décadas e se tornou referência no desenvolvimento artístico-cultural de Alagoas entre crianças, jovens e adultos, está localizado numa região em que não há grande fluxo de pessoas no período noturno.
“Isso vem causando muita preocupação, pois inclusive já houve roubo de refletores, e como as obras de reforma [do Cenarte] continuam paradas, e agora sem segurança presencial, acreditamos que se corre risco eminente de outros materiais guardados em suas dependências sejam saqueados, visto que a Rua Pedro Monteiro é deserta e sem nenhuma proteção”, disse a fonte ao Jornal de Alagoas.
O atraso nas obras de reforma do Cenarte, citado acima, perdura desde 2022. Em maio deste ano, artistas alagoanos produziram manifesto pela Cultura, cobrando, também, a reabertura do espaço. A Secult alegou que a partir de 30 de maio seria retomada a reforma do equipamento cultural.
Além do Cenarte, também estariam funcionando sem vigilância o Museu da Imagem e Som de Alagoas (Misa) e o Memorial A República, equipamentos culturais do estado, localizados no bairro do Jaraguá; e a Biblioteca Pública Graciliano Ramos, que fica no centro da cidade.
O Jornal de Alagoas contatou a Secult para averiguar a denúncia e o motivo de não haver vigilantes no local, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
A reportagem está aberta para atualizações.
*Estagiário sob supevisão