Polícia

Cigana 'previu' que jovem teria poucos dias de vida antes de entregar bombom à vítima que morreu envenenada, diz tia

Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, morreu no dia 4 de agosto. Perícia constatou que ela ingeriu sulfotep e terbufós, substâncias usadas como pesticida

Por Redação* 29/09/2023 17h05 - Atualizado em 29/09/2023 18h06
Cigana 'previu' que jovem teria poucos dias de vida antes de entregar bombom à vítima que morreu envenenada, diz tia
Fernanda morreu envenenada em Maceió - Foto: Reprodução

Em entrevista ao GLOBO, a tia de Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, morta envenenada após comer um bombom recebido de uma cigana no Centro de Maceió, relatou que a suposta cigana teria dito à sobrinha que ela tinha “poucos dias de vida”, antes de entregar o chocolate.  

Maria de Lourdes Gomes Barbosa contou que no dia do acontecido, a sobrinha teria pedido para cuidar da filha dela enquanto ela iria pagar uma conta. Já no Centro, ela foi abordada pela cigana, que disse que ela teria poucos dias de vida, quando a entregou um bombom. 

Lourdes também revelou que Fernanda só foi comer o chocolate após horas, quando já estava em casa. Após comer, logo passou mal, e teve que ir buscar socorro. Chegando no hospital, ela não resistiu.  

O exame toxicológico solicitado pela Polícia Civil de Alagoas apontou que Fernanda foi envenenada com sulfotep e terbufós, substâncias usadas como pesticida. Segundo o chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame, a análise das amostras biológicas coletadas constatou “grande concentração” das substâncias. 

''A perícia constatou o envenenamento com as substâncias, que são recorrentemente usadas em crimes por até cinco anos atrás não haver pesquisas profundas sobre o potencial desses materiais. Eles geram um efeito de intoxicação, que se assemelha a uma convulsão, e são de fácil acesso'', explicou o perito criminal. 

Ainda segundo Lourdes, antes de ir ao hospital, Fernanda começou a sentir dores estomacais e vômito. À princípio, a família pensava que poderia ser decorrente de um quadro de gastrite, mas a hipótese começou a ser descartada após a jovem começar a sangrar pelo nariz e ter salivação excessiva expelida pela boca. Ela chegou a ser levada para o hospital à noite, mas faleceu na madrugada do dia seguinte.

Relembre o caso


A jovem Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, morreu na Santa Casa de Misericórdia de Maceió no dia 4 de agosto após comer um bombom oferecido por uma desconhecida.Ao retornar para a casa, a jovem teria passado mal, com queixas de dores na barriga e vômito.

A família registrou um Boletim de Ocorrência por suspeitar de que a morte poderia ter sido causada por envenenamento. 

O caso repercutiu na internet junto de outros supostos casos de envenenamento em Maceió, casos estes que só seriam devidamente investigados após a devida perícia do IML.

Prima da vítima se manifesta 

Nas redes sociais, a prima de Fernanda, Lumenita Valoz, foi questionada sobre a possibilidade de a morte da jovem ter sido encomendada. Em resposta, ela disse que a prima não tinha inimizades e que a polícia investiga o caso. 

''Quem vai descobrir isso é a polícia. Eu só sei que a Fernanda não era uma pessoa de estar em festa, confusão, nada disso. A vida dela era para cuidar da filha dela. Não vejo alguém ter motivo de fazer isso com ela, mas a gente não conhece o coração de ninguém. Se foi alguém que mandou matar ou se a cigana matou porque quis só quem vai descobrir é a polícia'', afirmou.  

Fernanda deixou uma filha, de 9 anos, que tem necessidades especiais.

Com Extra.