Neste domingo (14) nove gatos foram encontradas mortos na Rua Mem de Sá, no bairro de Bebedouro. Ainda não se sabe mais informações sobre quem praticou o crime contra os animais e as circunstâncias d. A área está desocupada devido aos problemas com instabilidade do solo causados pela mineração da Braskem e concentra uma das colônias de gatos abandonados após a saída dos moradores. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Em contato feito com o TNH1, na manhã desta segunda, 15, Sandra Catão, uma das voluntárias que ainda frequenta o bairro com o esposo para alimentar animais de rua, informou que os restos mortais foram vistos após mais uma ida do marido para levar ração para os felinos. O vídeo abaixo contém cenas fortes:

"Meu esposo sempre vai alimentar os gatos que ficaram abandonados após a desocupação. E aí foi a primeira vez que ele se deparou com uma situação dessa. Foram nove gatos mortos, todos muito próximos, só o couro. Não tinham mais músculos, nem carne, era só pele. Tinham sacos plásticos por perto, e a gente acredita que urubus acabaram espalhando eles. Estava um mau cheiro na rua", iniciou.

"A nossa suspeita foi de que alguém os matou, e os largou como descarte de carcaça mesmo, aproveitando que o local não é mais habitado e está deserto. Mas a gente não sabe também se foi alguém que chegou lá e matou os gatos. Não deu para reconhecer se ao menos um dos gatos era alimentado por nós. Estavam muito desfigurados. A gente está achando que são gatos mortos em outro local e levados para lá, mas aí é a investigação quem vai dizer", complementou.

Sandra explicou que anteriormente 75 gatos em situação de rua eram alimentados por eles na região e o número caiu para aproximadamente 40. "A gente sabe que tem o programa da Ufal, em convênio com a Braskem, para que esses animais sejam retirados da rua e levados para uma fazenda em Viçosa. Mas não sabemos ao certo quantos animais foram capturados pela equipe. Mas já houve essa redução", afirmou ao destacar que um cachorro foi encontrado morto recentemente na região.

De acordo com o delegado Robervaldo Davino, da Delegacia dos Crimes Ambientais, que fez contato com os denunciantes e vai averiguar as mortes dos animais. "A investigação ainda está em fase de primeiros levantamentos. Não podemos afirmar nada sobre suspeitos e sobre como os animais morreram. Vamos hoje ao local", limitou-se.

Imagens de câmeras foram solicitadas para tentar identificar quem pode ter sido o responsável pelo suposto descarte dos animais mortos. O delegado destacou que os órgãos responsáveis foram acionados para a remoção dos restos mortais.

*Com TNH1