Polícia
Alagoas é o estado que mais reduz casos de feminicídios no Nordeste
Com queda de 38,7%, número registrado em 2023 deixa estado em segundo lugar no comparativo nacional
O enfrentamento da violência doméstica e a expansão da rede de suporte às mulheres vítimas de violência em Alagoas resultaram em uma queda de 38,7% nos casos de feminicídio em 2023 em comparação com o ano anterior. Essa redução é destacada em um estudo divulgado hoje pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, evidenciando que Alagoas lidera no Nordeste em termos de diminuição desse tipo de crime.
Segundo os dados apresentados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública em uma coletiva realizada no final de janeiro deste ano, houve 19 casos de feminicídio registrados em Alagoas em 2023, contra 31 no ano anterior. Comparativamente ao primeiro ano após a implementação da lei sobre o assunto, Alagoas reduziu em 47,2% (36 casos em 2016). No Nordeste, o segundo estado com maior redução foi o Maranhão, com uma diminuição de 31,9%.
Os dados do último ano revelaram que Alagoas fica em segundo lugar quando se trata de casos por estado, sendo superado apenas pelo Amapá, onde houve uma queda de 50% no número de feminicídios (de 8 para 4). Além disso, a taxa de feminicídios em Alagoas em 2023 foi de 1,2 mulher morta por grupo de 100 mil habitantes, abaixo das médias nacional (1,4) e regional.
O secretário da Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, atribuiu essa redução ao trabalho conjunto de medidas preventivas e repressivas. Ele destacou que o número de feminicídios em Alagoas foi o menor em oito anos, representando uma queda de mais de 56% em relação a 2019, antes da pandemia.
Saraiva ressaltou a união das forças de segurança na luta contra a violência de gênero, incluindo estratégias como operações conjuntas, uso efetivo dos canais de denúncia e reforço no atendimento às vítimas de violência doméstica.
O secretário também mencionou os investimentos realizados, com apoio do Governo Federal, para combater a violência de gênero. Isso inclui a criação de uma Delegacia da Mulher 24 horas, expansão do serviço para o interior, aumento do número de Salas Lilás nos Centros Integrados de Segurança Pública, e a capacitação de mais de nove mil agentes de segurança no atendimento às vítimas de violência doméstica.
Além disso, a Comissão Mulher Segura estabeleceu parcerias para instruir a comunidade escolar sobre os tipos de violência e lançou o Pronasci 2, em colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, recebendo recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para esse fim.
Com Ascom SSP.