Polícia
Operação Maligno: saiba como funcionava o esquema de falsas cooperativas que desviou milhões em AL
Esquema era destinado ao desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito dos envolvidos
Cinco cooperativas estão envolvidas na organização criminosa especializada em fraudes na administração pública que desviou mais de R$ 200 milhões no Estado. Isso é o que afirma o Ministério Público de Alagoas (MPAL) sobre a Operação Maligno, deflagrada no último dia 16.
Realizada em Alagoas e Pernambuco, o MPAL identificou as organizações criminosas disfarçadas de cooperativas de prestação de serviços, oferecendo diversos serviços ligados à administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de vias públicas e contratação de profissionais para diversas funções, sendo tudo parte de um esquema destinado ao desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito dos envolvidos.
Modus Operandi
Segundo as investigações, as falsas cooperativas firmaram os contratos por meio de licitações por “carona”, ou seja, através de atas de adesão ao registro de preço, modalidade licitatória que facilita a contratação.
Foram descobertos contratos estabelecidos com os municípios de Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, Estrela de Alagoas, Tanque d’Arca, Porto Calvo, Taquarana, Poço das Trincheiras, São Luís do Quitunde, Limoeiro de Anadia, Senador Rui Palmeira, Chã Preta e Flexeiras.
Prisões
Além do advogado e líder da quadrilha, Frederico Benigno Simões, foram presos também sua esposa, Hianne Maria da Costa Pinto, Alisson Barbosa Freitas, Betuel Ferreira de Souza e Silvano Luiz da Costa, sendo acusados de peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público, dentre outros ilícitos penais.
Apreensões
Durante o cumprimento dos mandados, além das prisões, a operação do Ministério Público apreendeu R$ 649 mil somente em um dos alvos, dados telemáticos e automóveis de luxo, como o porsche que pertenceu ao jogador Daniel Alves, além do sequestro de um Hotel Fazenda, na cidade de Sento Sé, na Bahia, pertencente a um dos integrantes do grupo.
*Com informações do GazetaWeb