Polícia
IML de Maceió exuma corpos para liberação de vagas em cemitério da capital
Força tarefa discutiu também o planejamento para construção de sepulturas verticais destinadas aos cadáveres não identificados ou não reclamados
O Instituto Médico Legal Estácio de Lima realizou, na manhã desta terça-feira (27), uma força tarefa para exumações no Cemitério Divina Pastora, no bairro de Fernão Velho, em Maceió. O trabalho busca liberar vagas para novos sepultamentos no cemitério municipal.
Os exames de exumação foram coordenados pelo perito médico legista Eduardo Nisiyama e pelo perito odontolegista João Alfredo. No total, oito ossadas de corpos sepultados pelo IML e outros três ossadas da comunidade foram exumados, catalogadas, fotografadas, identificadas, colocadas em sacos fúnebres e em seguida transferidas para o ossuário do cemitério, abrindo novas vagas para sepultamentos que serão ainda agendados.
Eduardo Nisiyama, que também é chefe de perícias em mortos, explicou que o trabalho de exumação serviu também para mostrar as condições e a realidade do Cemitério Divina Pastora à Defensoria Pública e à direção da Polícia Científica. Ele disse que foi proposto e discutido um planejamento para construção de sepulturas verticais com gavetas, que seriam destinadas aos cadáveres não identificados ou não reclamados que se acumulam no IML.
“Esta seria a melhor maneira de organizar e economizar espaço, com a vantagem de contaminar menos o solo. Para isso, realizamos hoje, e daremos prosseguimento com a realização das exumações administrativas, que visam realocar cadáveres esqueletizados nos ossuários, liberando local para construção deste cemitério vertical,” afirmou o perito médico legista.
Desde do início do ano, o IML da capital tem se mobilizado para resolver o problema de acúmulo de corpos não reclamados. Em março foram realizados 10 sepultamentos em um cemitério de Colônia Leopoldina e outros seis no Cemitério São Luiz, em Maceió. Neste mês, dez corpos foram sepultados em União dos Palmares.
Acompanharam as exumações o defensor público, Lucas Valença, e o perito geral adjunto da Polícia Científica, Welington Melo. Um representante da Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), responsável pelos cemitérios da capital, também acompanhou o trabalho e exumações.