Polícia
Professor da Ufal denuncia estudantes por racismo: "Vagabundo"
Ofensas foram feitas por alunos da área da saúde em um grupo do WhatsApp
Um professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi à sede da Polícia Federal em Maceió para denunciar ataques racistas e assédio moral que teria sofrido pelas redes sociais por parte de alguns estudantes universitários da área da saúde.
Doutor em política, planejamento e gestão de educação, o professor Tiago Zurck utilizou o seu perfil no Instagram para postar um vídeo nesta quarta-feira (26) onde aparece, ao lado da também professora universitária Valéria Correia, em frente à sede da PF, onde afirma que registrou um boletim de ocorrência contra os suspeitos.
Na última segunda-feira (24), o professor Zurck usou as redes sociais para postar capturas de tela dos ataques que sofreu em um grupo de estudantes da área de saúde da Ufal no WhatsApp. Ataques aconteceram durante uma tentativa de diálogo para o fim da greve, onde os alunos o chamaram de “vagabundo” e afirmaram que o mesmo iria “virar mendigo”, caso fosse exonerado algum dia.
Veja:
“O direito da greve é constitucional! Historicamente, a despeito das acusações e posições contrárias à greve, minha mãe que foi professora e outros que vieram antes de mim, conquistaram as poucas conquistas que temos hoje com muita luta e abnegação. Infelizmente, em nosso país, ainda que todos e todas afirmem que a educação deve ser prioridade, nem todos e todas apoiam a luta de quem constrói a educação”, escreveu.
O professor informou ainda que irá comparecer na Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis, também na capital, para ser ouvido pelas autoridades.
“Nós iremos atuar dentro do rigor da lei, tanto na Justiça civil quanto também administrativamente na universidade, acionando a corregedoria da universidade para que tome as devidas providências. Sempre lutando por uma sociedade antirracista e democrática”, declarou Zurck.
Assista:
*Com informações do TNH1