Polícia

PC investiga conselheiro tutelar de Murici após adolescente denunciar assédio: 'Pago bem'

Acusado teria feito propostas para ter relações sexuais com a vítima em troca de dinheiro

Por Redação 02/07/2024 06h06
PC investiga conselheiro tutelar de Murici após adolescente denunciar assédio: 'Pago bem'
Adolescente denunciou conselheiro tutelar por assédio. - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas está investigando um conselheiro tutelar de Murici por suspeita de assediar um adolescente com mensagens de cunho sexual e também por ameaçar o adolescente. A família do jovem registrou um Boletim de Ocorrência.

Em entrevista à Gazeta, o adolescente contou que o assédio começou na escola: “Me encarava, olhava para mim. Aí começava a conversar comigo: ‘Oi, meu jovem’. Aí ficava com aqueles papinhos. Cheguei em casa e fui mexer no celular. E tinha uma solicitação de seguir de volta para mim, quando olhei, era ele. E começou a dar em cima de mim”, disse o adolescente, que teve a identidade preservada.

O jovem expôs conversas no WhatsApp que foram atribuídas ao conselheiro, onde ele teria mandado mensagem chamando o adolescente, que se nega a ir até o conselheiro. Em seguida, o investigado afirma: “Pago Bem [...] 150?”. Em um dado momento, na mesma conversa, o suspeito pergunta: “Posso vê uma coisa?”. E o garoto responde: “O quê?”, recebendo como resposta: “Você sabe”. O adolescente esboça reação na conversa e, posteriormente, o conselheiro pergunta: “100?”.

Segundo o adolescente, o suspeito passou a ameaçá-lo após ele negar contato, usando a justificativa de que ele era um menino rebelde na escola.

O acusado  exerce a função de conselheiro há mais de 20 anos, em Murici, estando no sexto mandato.

O presidente da Associação dos Conselhos Tutelares de Alagoas, Ariudo Alves, disse que repudia esse tipo de atitude e aponta quais penalidades o conselheiro pode receber:

“Ele perderá o mandato, que o CMDCA e o Ministério Público vão pedir a cassação do mandato dele pela conduta inadequada dele como conselheiro. O conselheiro tem que fazer o seu papel, garantir os direitos da criança e zelar no cumprimento dos seus direitos”, afirmou Alves.

A Polícia Civil está investigando o caso, e o delegado responsável é Mário Jorge Marinho.

*Com informações Gazeta Web