Polícia

Mulher assassinada na frente da filha havia pedido ajuda à PM no dia do crime

Atentado ocorreu na noite de terça-feira, 16, no Conjunto Novo Jardim, Cidade Universitária, em Maceió, diante da filha do casal, de apenas 4 anos

Por Redação 17/07/2024 17h05 - Atualizado em 17/07/2024 18h06
Mulher assassinada na frente da filha havia pedido ajuda à PM no dia do crime
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o pedido de ajuda da mulher - Foto: Reprodução / Instagram

Eduarda Samara Feitosa da Silva, de 34 anos, assassinada a tiros ao lado do companheiro Vitor Hugo Santos Costa, de 30 anos, havia solicitado ajuda a um sargento da Polícia Militar no mesmo dia do crime. O atentado ocorreu na noite de terça-feira, 16, no Conjunto Novo Jardim, Cidade Universitária, em Maceió, diante da filha do casal, de apenas 4 anos. Vitor Hugo sobreviveu e está em estado crítico no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra. 

O sargento Rodolfo Peixoto revelou que Eduarda o procurou nas redes sociais na manhã do crime, pedindo seu contato caso seu companheiro perdesse o controle ao usar drogas. Na mensagem, ela disse: "No dia que ele usar e pagar de doido, eu mesmo dou parte dele. Por isso que eu queria o seu contato, porque no dia que isso acontecesse, eu ligaria de imediato para você fazer o procedimento''.

O policial relatou ao TNH1 que a mulher havia pedido seu número, mas não fez mais contato após essa solicitação. Ele também detalhou uma ocorrência anterior de violência doméstica em abril, quando o casal morava no Conjunto Jardim Royal. Naquela ocasião, a mulher não apresentava ferimentos visíveis, mas o homem estava arranhado. Ambos relataram brigas frequentes, e a mulher queria que ele deixasse a casa, o que foi aceito por Vitor Hugo na ocasião. 

Na noite do crime, o casal foi surpreendido em casa por pelo menos 10 disparos de arma de fogo, que assustaram a vizinhança. A suspeita inicial é que o casal foi alvo de uma facção criminosa. Eduarda morreu no local, e Vitor Hugo foi levado em estado grave ao hospital. 

A delegada Tacyane Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o casal estava se escondendo e que há indícios de que eram informantes da Polícia Militar, o que pode ter motivado o ataque. Ambos tinham passagens pelo sistema prisional; Eduarda por tráfico de drogas em 2017 e Vitor Hugo por roubo, tentativa de homicídio e tráfico de drogas. 

Qualquer informação que possa ajudar na investigação pode ser fornecida anonimamente através do Disque Denúncia 181.