Polícia
Bando que assaltava mansões em SP, planejou roubo em apartamento de Collor em Maceió
Um dos alvos dos criminosos era um imóvel do ex-presidente Fernando Collor de Mello em Alagoas. Caso é investigado pela polícia
Um grupo criminoso de São Paulo que assaltava mansões e apartamentos de luxo no interior do estado foi preso enquanto planejavam uma tentativa de roubo em Alagoas. E o alvo dela era o apartamento do ex-presidente da República Fernando Collor, que possui um apartamento de alto padrão em Maceió.
A escolha, no entanto, era mais por estratégia que por publicidade. Eles escolhiam mansões e apartamentos de alto padrão de vários empresários e autoridades alagoanas e descobriam, através de ligações telefônicas feitas para a casa, quando os seus donos não estariam no local.
Após praticar diversos crimes no interior paulista, a quadrilha reservou uma pousada na capital alagoana. E lá, começou a fazer o reconhecimento de alguns prédios e casas. Assim, entraram no condomínio de Collor. Eles chegaram a entrar em uma “missão de reconhecimento” em um outro alvo no mesmo condomínio.
Tudo isso, no entanto, foi descoberto antes em um trabalho conjunto das Polícias Civis de Araçatuba (SP) – onde a maioria dos crimes ocorriam – e de Maceió. E assim, eles conseguiram prender o grupo durante a ação que planejava invadir e roubar o apartamento de Fernando Collor.
“Ele se passava por um agente de concessionária angariando informações com idosos, empregados, confirmando endereços”, disse o delegado José Abonízio, responsável pela investigação. “Normalmente, quem atendia às ligações eram funcionários, que acabavam passando que os moradores não se encontravam na residência”.
A polícia conseguiu identificar os criminosos depois que um deles comprou um lanche perto do local que seria assaltado. O jovem chegou ao imóvel com o lanche na mão, o que facilitou no rastreamento da quadrilha.
O membro em questão seria Maria Luyza, que já participou de outro assalto ao condomínio onde mora o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nove pessoas foram presas ligadas ao caso.