A Polícia Civil de Alagoas continua investigando o caso da menina Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos, encontrada morta por enforcamento em Palmeira dos Índios. O pai da criança deve prestar depoimento até quinta-feira, dia 25. Na semana passada, a mãe de Maria Katharina entrou com um pedido de medida protetiva de urgência contra o pai na Justiça. 

As autoridades já ouviram várias testemunhas, incluindo a mãe da menina, tias e professoras da escola onde Maria Katharina estudava. O teor dos depoimentos não foi divulgado, pois a polícia acredita que a publicidade poderia atrapalhar o andamento das investigações. 

Após finalizar os depoimentos, a polícia planeja realizar uma reprodução simulada dos eventos que levaram à morte da menina. Essa reconstituição é feita quando há contradições nas versões apresentadas pelas testemunhas durante a apuração dos fatos. 

O corpo de Maria Katharina já passou por necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca. O laudo inicial aponta que a causa da morte foi asfixia por enforcamento. A polícia não descarta a possibilidade de solicitar a exumação do corpo para novas análises. 

Pedido de medida protetiva 

A mãe de Maria Katharina protocolou na Justiça um pedido de medida protetiva de urgência contra o pai da criança. Esse pedido ainda está em análise, e a Justiça não divulgou detalhes sobre o teor da solicitação. 

Repercussão do caso 

O caso de Maria Katharina gerou grande comoção na comunidade de Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, onde a menina morava com sua família. O incidente aconteceu em um estábulo da propriedade rural da família, localizada no Povoado Moreira. 

No dia da morte, Maria Katharina foi deixada em casa sozinha enquanto seus pais levavam seu irmão mais novo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A família alegou que os irmãos estavam brincando no estábulo quando o menino se feriu, exigindo a ida dos pais à UPA. Quando retornaram, encontraram Maria Katharina enforcada. 

A menina também foi levada à UPA de Palmeira dos Índios, mas já estava sem vida ao chegar ao local. A investigação busca esclarecer as circunstâncias da morte e as responsabilidades envolvidas.