A Justiça de Alagoas concedeu liberdade provisória ao motorista de aplicativo envolvido no atropelamento que resultou na morte de Kariny Dantas Rodrigues, de 20 anos, no bairro São Jorge, em Maceió. A decisão foi tomada pelo juiz Geneir Marques de Carvalho Filho. 

O caso ocorreu na noite deste último domingo (28) e causou grande comoção na comunidade local. A jovem Kariny estava na garupa de uma moto quando foi atingida pelo carro do motorista de aplicativo. O condutor da moto ficou ferido no acidente. Logo após o incidente, o carro do motorista foi incendiado por pessoas que estavam no local e suspeitavam que ele havia invadido a contramão. 

O juiz decidiu pela liberdade provisória do motorista, fundamentando sua decisão na ausência de pedido de prisão preventiva pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e na indicação de medidas cautelares. Segundo o magistrado, a aplicação de medidas menos gravosas seria mais adequada ao caso.  

Entre as medidas cautelares impostas estão: 

• Suspensão da habilitação para dirigir por 90 dias;
• Comparecimento periódico ao juízo para comprovar residência e informar qualquer mudança de endereço ou trabalho;
• Proibição de contato com a família da vítima ou qualquer pessoa mencionada no Auto de Prisão em Flagrante (APF) por qualquer meio;
• Proibição de deixar a comarca sem autorização judicial por mais de oito dias. 

O juiz citou em seu parecer que "tais requisitos deverão estar atrelados ao requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente de acusação, ou por representação da autoridade policial". No entanto, como o MP-AL optou por medidas cautelares, a prisão preventiva não foi considerada necessária. 

O acidente 

O acidente aconteceu quando a moto em que Kariny estava foi atingida pelo carro do motorista de aplicativo. Após o choque, o motorista deixou o local, mas foi encontrado mais tarde no telhado de uma residência nas proximidades. Ele admitiu ter causado o acidente. 

A polícia militar chegou rapidamente ao local e confirmou que o motorista fez o teste do bafômetro, que não detectou ingestão de álcool. O motorista foi autuado por homicídio culposo, já que a ação foi classificada como não intencional.