Polícia

Polícia investiga se menina de 10 anos foi induzida a se enforcar em estábulo

Maria Katharina foi encontrada enforcada no estábulo da família, em Palmeira dos Índios

Por Redação* 03/09/2024 13h01
Polícia investiga se menina de 10 anos foi induzida a se enforcar em estábulo
Maria Katharina Simões da Costa - Foto: Reprodução

A Polícia Científica e a Polícia Civil se unem, nesta terça-feira (3), para realizar a reprodução simulada da morte da menina Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos, encontrada enforcada no estábulo da família, em Palmeira dos Índios. A reprodução tem como objetivo tentar entender a dinâmica do ocorrido e saber se a criança foi induzida a amarrar a corda e se enforcar.

Um novo fato chegou ao conhecimento da polícia após o irmão da vítima, de cinco anos, ter sido ouvido por uma equipe de conselheiros tutelares e psicólogos. Segundo a criança, Katharina teria levado dois tapas no rosto, dados por seu pai, antes do ocorrido.

Katharina brincava com o irmão em uma residência em construção, quando o menino levou um corte no pé. Por causa disso, segundo ele, o pai teria dado dois tapas na menina e, em seguida, levado o irmão até a Unidade de Pronto de Atendimento (UPA). A criança, por sua vez, teria ficado no imóvel, sendo encontrada morta pelos pais em seguida.

O chefe de operações da Delegacia de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, explica que a reprodução simulada tem o objetivo de simular a cena exatamente como aconteceu, sendo utilizadas as cadeiras e a corda usadas pela criança.

“A gente trouxe a cadeira que ela utilizou e também a corda, e vai tentar reproduzir o máximo de fidelidade de como foi no dia. Foi reproduzida a possibilidade de a criança ter amarrado a corda no teto e ter se pendurado. Em algumas posições, é possível que a criança tenha amarrado a corda, em outras não. Nós estamos testando várias posições das cadeiras para não deixar nada em aberto. Em algumas posições, foi possível comprovar que a criança tinha estrutura e altura para amarrar e em outras não”, explicou.

A perícia irá determinar qual a posição mais provável dessa corda ter sido amarrada.

“O confronto do depoimento dos dois (pai e mãe) é importante que seja simulado. Está sendo feito o passo a passo dos dois na reprodução”.
O resultado da reprodução simulada deve ficar pronto em 30 dias e será anexado ao inquérito policial.

*Com informações do GazetaWeb