Polícia
Justiça nega pedido de liberdade de réu por assassinato da sogra
A decisão mantém Leandro dos Santos Araújo preso preventivamente por crime ocorrido em março deste ano
A Justiça de Alagoas negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, réu pela morte da garçonete Flávia dos Santos Carneiro. Ele está preso preventivamente desde março, após confessar ter matado a sogra a facadas e ocultado o corpo em uma geladeira no bairro de Guaxuma, em Maceió.
A decisão foi proferida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara da Capital, nesta quinta-feira, 5 de setembro. O magistrado destacou que a prisão preventiva de Leandro é necessária para garantir a ordem pública, considerando a gravidade dos delitos.
“Reforço que, em consonância com a decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, bem como da que a manteve, é permanente a consideração acerca da gravidade in concreto do delito e do modus operandi supostamente empregado, demonstrando-se grave violação à ordem pública”, afirmou o juiz.
Além disso, a defesa do réu não apresentou novas provas que justificassem uma revisão da prisão preventiva. A decisão também mencionou a necessidade de proteger a ordem pública e a gravidade dos fatos que envolvem o caso.
“Em relação aos indícios de autoria, verifico que a defesa não trouxera qualquer fato novo apto a infirmar o decreto prisional. Assim, está devidamente fundamentada a manutenção da custódia cautelar por estar caracterizado o risco à ordem pública caso o acusado seja solto”, justificou o magistrado.
Uma nova audiência de instrução foi marcada para o dia 27 de setembro.
O caso
Flávia dos Santos Carneiro, de 44 anos, foi morta em março deste ano, no bairro do Jacintinho, após uma discussão com sua filha e o namorado Leandro dos Santos Araújo. O casal teria assassinado Flávia e colocado o corpo dela dentro de uma geladeira, que foi descartada em uma área de mata no bairro de Guaxuma.
A polícia descobriu o crime após um fretista denunciar que transportou a geladeira até o local onde foi descartada. A filha de Flávia, que à época tinha 13 anos, confessou a participação no crime e foi encaminhada para o Complexo Socioeducativo de Alagoas.