Polícia
Polícia Científica identifica digitais de suspeito em briga entre torcedores do CSA e CRB
Os laudos produzidos pelo ICM foram encaminhados para o delegado Robervaldo Davino, do 6º DP, que segue investigando o caso para identificar os demais envolvidos na confusão
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Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Maceió em um veículo utilizado na confusão entre torcedores do CSA e CRB que terminou com uma pessoa morta conseguiu identificar um dos possíveis suspeitos. Uma impressão dígito-papilar coletada no carro deu Match com as digitais de um homem que já foi preso por briga entre torcidas organizadas.
Ao fazer a primeira análise no Classic Prata, no pátio do 6º Distrito Policial, a perita criminal Nathalia Lins identificou inicialmente danos, nenhuma perfuração de arma de fogo, e uma mancha de sangue na parte posterior do banco do motorista. Com perspicácia, a integrante da Polícia Científica conseguiu localizar e coletar digitais no espelho retrovisor no interior do carro e enviar para análise papiloscópica no setor de Microvestígios do IC de Maceió.
Os peritos criminais Ana Márcia, Lincoln Machado e Nicholas Passos, do setor de Microvestígios e Objetos, explicaram que a papiloscopia forense é importantíssima para identificar e comprovar a presença de suspeitos em locais de crime. Além de mais rápida e de baixo custo, esse tipo de exame é 100% confiável. “Todo indivíduo possui digitais únicas, individualizadas que o identificam”, explicou Ana Marcia.
Os peritos explicaram ainda que as impressões ou fragmentos dígito-papilar muitas vezes não são visíveis a olho nu. Quando localizadas, o perito criminal precisa usar técnicas específicas e alguns tipos de reagentes para obter êxito na revelação para coletá-las de forma correta. “A qualidade da impressão coletada é o que possibilita o confronto, por isso a importância de uma boa preservação do local de crime para garantir uma perícia mais primorosa por parte dos peritos criminais”, afirmou Nicholas Passos.
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No caso da briga entre os torcedores, após receber o vestígio, o perito criminal Lincoln Machado inseriu o fragmento de impressão digital para pesquisa no Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS). Composto pelos bancos de dados civil e criminal do Estado, o sistema possui hoje mais de 4 milhões de registros.
“O fragmento de impressão digital foi revelado e encaminhado para a seção de Microvestígios e Objetos do Instituto de Criminalística de Maceió. A qualidade do material possibilitou a inserção no ABIS. Após uma ampla pesquisa no banco estadual, o fragmento apresentou mais de 20 pontos coincidentes com o quirodáctilo polegar esquerdo de um dos candidatos, concluindo o exame com um Match perfeito, confirmando que aquela impressão digital encontrada dentro do veículo pode ser de um dos envolvidos na briga. Isso demonstra a importância da papiloscopia nas investigações criminais”, concluiu o perito Lincoln Machado.
Os laudos produzidos pelo ICM foram encaminhados para o delegado Robervaldo Davino, do 6º DP, que segue investigando o caso para identificar os demais envolvidos na confusão. O homem identificado pelas digitais será intimidado pela delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
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