Polícia
Caso Kleber Malaquias: MPAL pede prisão preventiva de PM por fraude processual
O policial, que aguardava julgamento em prisão domiciliar devido a problemas de saúde, foi pronunciado anteriormente por seu papel no crime
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) solicitou a prisão preventiva de um policial militar acusado de envolvimento no assassinato do ativista político Kleber Malaquias, ocorrido em 20 de julho de 2020, em Rio Largo. O policial, que aguardava julgamento em prisão domiciliar devido a problemas de saúde, foi pronunciado anteriormente por seu papel no crime.
Recentemente, a 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo identificou que o sargento, juntamente com um delegado e um agente da Polícia Civil, voltou a cometer atos ilícitos. A investigação revelou que o PM tinha participação ativa no homicídio, pois seguiu a vítima até o Bar da Buchada, onde ocorreu o assassinato. Após a sua libertação provisória, o militar começou a obstruir o andamento do processo, apresentando provas forjadas que direcionavam a culpa para uma pessoa já falecida, comprometendo a ordem pública.
A manobra incluiu a ex-companheira do falecido, que havia assassinado seu marido, e visava criar uma narrativa que isentasse os réus de responsabilidade pelo crime. Essa trama foi descoberta por meio de investigações conduzidas pelo MP e pela Polícia Federal.
A fraude processual levou à prisão do delegado, detido na semana passada, que presidia o procedimento investigativo e foi responsável por fraudar a ação penal. Com as prisões, o PM, o delegado, o agente da Polícia Civil e a ex-companheira foram formalmente denunciados.
Na representação, o MPAL argumentou que a condição de saúde do réu não impedia a prática de novos crimes, evidenciando que ele estava apto a enfrentar as consequências legais de suas ações. Assim, o órgão considera a prisão preventiva uma medida essencial para garantir a ordem pública e evitar novos delitos.