Polícia

"Serial killer” de Maceió é indiciado por três homicídios na Ponta Grossa

Denúncia foi ofertada pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), que reconhece o homem como autor dos disparos que vitimaram três pessoas

Por Redação* 24/01/2025 14h02 - Atualizado em 24/01/2025 15h03
'Serial killer” de Maceió é indiciado por três homicídios na Ponta Grossa
Albino Santos de Lima, de 42 anos, preso por matar 10 pessoas entre 2023 e 2024 - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) ofertou, nessa quinta-feira (23), denúncia contra Albino Santos de Lima, de 42 anos, que ficou conhecido como o "serial killer" de Maceió no último ano devido aos múltiplos homicídios realizados por ele, que tiveram com algumas das vítimas Tamara Vanessa dos Santos, e o casal Débora Vitória Silva dos Santos e John Lenno Santos Ferreira, todos no bairro da Ponta Grossa, em Maceió.

De acordo com o órgão, a denúncia foi ofertada pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, que segue de acordo com as provas oficiais apresentadas no laudo pericial da Polícia Científica e a conclusão do inquérito. No total, o autor é investigado pela morte de 10 pessoas.

Diante das provas oficiais apresentadas no laudo pericial da Polícia Científica e a conclusão do inquérito, não restaram dúvidas para o Ministério Público de Alagoas (MPAL) de que o homem é o responsável pelos disparos que levaram a óbito Tamara e atingiram o casal, confirmando assim o grau de periculosidade do autor, por também ser a ele atribuído outros homicídios.

Para o membro ministerial, a necessidade de manutenção da prisão preventiva é de extrema necessidade para impedir que o suspeito coloque mais planos em prática.

“Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade, de que lhe oferece riscos, vistas as ações criminosas, em sequência, comprovadamente a ele direcionadas. Nesse caso, especificamente, o Ministério Público oferta denúncia por sua participação em um homicídio e mais duas tentativas, mas poderíamos ter o registro de um triplo homicídio já que, de uma só vez, colocou como alvo três pessoas. O exame balístico provou que os projéteis que atingiram as vítimas eram compatíveis com a arma utilizada pelo denunciado, apreendida no momento da sua prisão”, ressalta o promotor Vilas Boas.

O homem se intitulava como justiceiro e para justificar as barbáries cometidas asseverou , durante as oitivas, que as escolhia para executar por não terem comportamentos decentes e ligação com o tráfico de drogas, o que foi totalmente descartado durante as investigações.

Qualificadoras


No documento é destacado que o denunciado agiu utilizando de recursos que impediram a defesa das vítimas, que o crime aconteceu com torpeza, pois havia o sentimento de cometê-lo com justiçamento no extermínio de pessoas, de preferência jovens que, na sua obsessão, colaboravam com a criminalidade ou seriam prostitutas.

Durante as investigações foi descoberto que o denunciado tinha repulsa a pessoas do sexo feminino, inclusive organizava pastas com nomes pejorativos para identificar os seus alvos, além de armazenar os números de contato das vítimas, todas mulheres.

Atualmente o denunciado se encontra recolhido no sistema prisional e, para o Ministério Público, diante da quantidade de crimes em série, notadamente dolosos contra a vida, sua liberdade pode ser considerada grande perigo havendo toda a possibilidade de perturbar a ordem pública.

*Com informações da Ascom MPAL