Polícia

Golpistas utilizam identidade de advogados para extorquir vítimas em Alagoas

Criminosos acessam dados processuais e empregam inteligência artificial para simular vozes de profissionais jurídicos, exigindo pagamentos fraudulentos

Por Esther Barros 30/01/2025 05h05
Golpistas utilizam identidade de advogados para extorquir vítimas em Alagoas
. - Foto: Reprodução

Em Alagoas, estelionatários estão se passando por advogados para enganar pessoas com processos judiciais em andamento. 

Utilizando informações reais das vítimas, eles entram em contato por aplicativos de mensagens, afirmando que a causa foi ganha e solicitando depósitos para liberar supostas indenizações.

Em alguns casos, os golpistas recorrem à inteligência artificial para reproduzir a voz de advogados, tornando a fraude ainda mais convincente.

Advogados do estado relatam que seus clientes foram alvos dessa prática criminosa e alertam para os cuidados necessários para não cair em um golpe.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) registrou 190 casos de falsos advogados em 2024. 

A presidente da Comissão de Fiscalização e Combate às Práticas Irregulares na Advocacia da OAB-AL, Priscila Barros, enfatiza a importância de as vítimas formalizarem denúncias por meio de boletins de ocorrência.

O delegado Sidney Tenório alerta para a complexidade das investigações, já que muitas quadrilhas operam de fora do estado. Ele recomenda que, antes de realizar qualquer pagamento, os clientes confirmem pessoalmente com seus advogados ou visitem os escritórios para verificar a veracidade das solicitações.

Para se proteger desse tipo de golpe, é fundamental:



*Desconfiar de contatos inesperados solicitando pagamentos relacionados a processos judiciais.

*Confirmar diretamente com o advogado responsável antes de efetuar qualquer transferência.

*Evitar compartilhar informações pessoais ou bancárias sem a devida verificação.

*Denunciar atividades suspeitas às autoridades competentes.

A OAB-AL reforça que os advogados utilizam canais oficiais de comunicação e que qualquer abordagem fora desses meios deve ser tratada com cautela.